‘Guerra entre as Coreias é questão de tempo’, diz especialista norte-coreano

De acordo com o especialista, suspender o acordo militar com a Coreia do Norte foi um crime e agora um desastre catastrófico se aproxima.

Fonte: Guiame, com informações do G1 e ActualidadAtualizado: quarta-feira, 6 de dezembro de 2023 às 14:43
Lançamento de míssil na Coreia do Norte. (Captura de tela: Jornal O Globo)
Lançamento de míssil na Coreia do Norte. (Captura de tela: Jornal O Globo)

O regime ditador de Kim Jong-un suspendeu um pacto militar que mantinha com a Coreia do Sul após lançar seu primeiro satélite militar espião. De acordo com o G1, armas também foram enviadas para a fronteira.

O lançamento seria o primeiro desde que  Kim se encontrou com Vladimir Putin nas modernas instalações espaciais da Rússia, em setembro, para uma cúpula em que o presidente russo prometeu ajudar os norte-coreanos a construir satélites.

A suspensão parcial do acordo intercoreano, no entanto, criou um elevado risco de confronto armado, conforme observa um especialista norte-coreano (não identificado na fonte) que afirmou ser “uma questão de tempo” para haver uma guerra entre as duas Coreias.

“O confronto físico e a guerra na Península Coreana tornaram-se uma questão de tempo, e não uma possibilidade”, disse o especialista conforme a KCNA (Agência Central de Notícias da Coreia do Norte).

Ele também disse que “suspender o acordo foi um crime” e que “um desastre catastrófico se aproxima”. Ele acredita que qualquer ato hostil contra a Coreia do Norte será motivo para o início da violência.

‘Paz e segurança ameaçadas’

Tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte negam que possuem acordos de armas. O governo japonês emitiu um alerta de emergência para que os residentes do sul se protejam da possível ameaça de um míssil norte-coreano.

Por meio de seu sistema de transmissão de emergência, o governo japonês disse aos moradores de Okinawa para se abrigarem dentro de edifícios ou no subsolo. Segundo a emissora pública NHK, uma fonte do Ministério da Defesa japonês disse que o míssil provavelmente seria um satélite.

O primeiro-ministro Fumio Kishida, do Japão, repetiu que o lançamento da Coreia do Norte era uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e uma ameaça à segurança dos cidadãos japoneses: “Apresentamos um protesto severo e condenamos a Coreia do Norte nos termos mais fortes”.

A mídia estatal norte-coreana KCNA informou, em novembro, que era “direito soberano” do país fortalecer seu poder militar contra o sistema de vigilância espacial liderado pelos Estados Unidos.

O secretário-chefe do gabinete do Japão, Hirokazu Matsuno, disse que os frequentes lançamentos de mísseis da Coreia do Norte são uma ameaça à paz e à segurança.

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