Homens que agrediram cristã de 70 anos no Egito são absolvidos

O julgamento foi concluído sete anos após o ataque que atingiu a cristã Suad Thabeth e outras vítimas.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: quinta-feira, 23 de março de 2023 às 15:48
O número de cristãos perseguidos no Egito é alarmante. (Foto: Ilustração/Unsplash/Anelale Nájera)
O número de cristãos perseguidos no Egito é alarmante. (Foto: Ilustração/Unsplash/Anelale Nájera)

Três homens foram absolvidos depois de atacarem uma idosa cristã no Egito. Em 2016, os agressores estavam sob investigação como suspeitos e foram liberados no começo deste ano. 

A Suprema Corte do Egito arquivou o caso, pois os fatos não foram devidamente apurados.  

Segundo a missão Portas Abertas, o veredito dessa audiência é definitivo, ou seja, não pode ser revogado ou questionado. 

Cerca de 300 homens atacaram a comunidade cristã em Al-Karm, um vilarejo a 300 km da capital egípcia, em Cairo, onde Suad Thabet, de 70 anos, vive. 

Durante o ataque, Suad foi arrastada para fora de casa, agredida e despida. 

De acordo com a Portas Abertas, a violência foi uma retaliação devido a um suposto envolvimento do filho de Suad com uma mulher muçulmana divorciada. 

Abdu Ayad, marido da vítima, de 79 anos, também foi agredido fisicamente.  

Perseguição no Egito

Em junho de 2021, a Corte decretou a prisão de dez homens que participaram do ato e destruíram as propriedades dos cristãos. No entanto, além dos três agressores absolvidos recentemente, os outros envolvidos no ataque permanecem impunes.   

“Esperei durante tanto tempo por justiça. Fui espancada e despida até ficar completamente nua. Eles incendiaram minha casa e nos expulsaram do vilarejo. Meus filhos não conseguiram ficar aqui depois dos ataques”, disse Suad.

“Todos eles saíram do Egito. Apenas eu fiquei nesse país, esperando por justiça durante todos esses anos. Onde está a justiça? Estou chocada”, acrescentou ela.

O Egito ocupa o 35° lugar na Lista Mundial da Perseguição da missão Portas Abertas em 2023.

A Iniciativa Egípcia de Defesa dos Direitos Humanos, uma ONG local, afirmou que a absolvição “reafirma as falhas do sistema judiciário e a discriminação religiosa entre os cidadãos. Isso encoraja os ataques sectaristas como esse e semeia a tolerância à violência contra as mulheres”. 

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