Após a ideologia de gênero passar a ser aceita em escolas e outras instituições da Escócia, o número de crianças confusas com relação ao seu próprio gênero (masculino ou feminino) que foram enviadas para especialistas aumentou cerca de 500% em quatro anos, no país.
Em 2013, apenas 34 crianças foram enviadas para apoio especializado a crianças com disforia de gênero (distúrbio que gera o conflito sobre a definição de gênero), de acordo com o jornal 'The Times Scotland'. Mas esse número tem vindo a multiplicar quase todos os anos desde então, acabou excedendo a quantidade de 200 crianças no ano passado.
Os grupos Pró-LGBT argumentaram que o aumento desses números se deve ao "aumento da conscientização na sociedade sobre tais questões".
"Penso que em 2013, se você fosse um jovem em conflito com questões de gênero, não saberia para onde se dirigir", disse James Morton, gerente da 'Scottish Trans Alliance', que apoia os transgêneros no país. "E se eles fossem ver sua identidade de gênero, muitas vezes seu médico não saberia para onde se dirigir. Mas nos últimos anos, as vias de referência sobre este assunto se tornaram muito mais claras".
"Também foi apenas nos últimos anos que muitas crianças se tornaram conscientes de uma palavra para descrever o que estão passando", acrescentou.
O jornal escocês 'The Times' informou que estas crianças são levadas aos especialistas porque estão "preocupadas com sua identidade de gênero ou sua expressão de seu gênero".
As estatísticas anteriores divulgadas pelo Serviço de Desenvolvimento de Identidade de Gênero mostraram que houve um grande aumento no número de crianças que se dirigem a clínicas de identidade de gênero como um todo no Reino Unido, com os números quadruplicando nos últimos cinco anos.
Os conservadores argumentam que a disforia de gênero está sendo resultado de uma pressão imposta sobre as crianças, no entanto.
"Isto tornou-se uma indústria, as pessoas estão se preparando cada vez mais para encorajar as crianças a questionarem o seu gênero em uma época em que elas só precisam fazer o seu papel de filhos e filhas. Quando os professores criam essas questões, as crianças podem ficar confusas ou infelizes e traumatizadas por isto", afirmou Chris McGovern, ex-conselheiro do Departamento de Educação, em um artigo para o jornal 'The Telegraph' no início de julho.
"Em certo sentido, estamos impondo preocupações de adultos às crianças. As escolas também estão sendo pressionadas para cumprir uma agenda politicamente correta", acrescentou McGovern.
A Dra. Joanna Williams, professora universitária e autora do livro 'Women vs Feminism' ('Mulheres X Feminismo') argumentou ainda que é justamente a ideologia de gênero que está levando as crianças a sofrerem com tal confusão.
"As pesquisas sugerem que apenas um por cento da população tem problemas com questões de gênero. Embora o número de crianças transgênero seja pequeno, está crescendo rapidamente", afirmou Williams em junho, advertindo que as crianças estão sendo forçadas a "desaprender" a diferença entre meninos e meninas.
"As crianças - incentivadas por suas experiências na escola - estão começando a questionar sua identidade de gênero em idades cada vez mais jovens", acrescentou, ressaltando que algumas escolas estão agora "encorajando até mesmo as crianças mais jovens a questionarem se são realmente um menino ou uma menina".
Contexto no Brasil
Segundo o procurador Guilherme Schelb, a ideologia de gênero realmente tem como objetivo cumprir uma agenda de doutrinação sobre as crianças, para que elas se tornem posteriormente adultos vulneráveis e facilmente manipuláveis.
Já no ano de 2015, o procurador estava alertando a sociedade brasileira sobre o assunto, como registrado em uma entrevista para o apresentador Edely Tápia, no programa 'Família & CIA'.
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