Um novo estudo mostrou que, apesar dos desafios, cultos online continuarão sendo uma realidade nas igrejas ao redor do mundo, como resultado da pandemia de Covid-19.
A pesquisa British Ritual Innovation under Covid 19, da Manchester Metropolitan University e da University of Chester, descobriu que o coronavírus acelerou a tendência de uma Igreja online, com uma experiência religiosa mais digital.
Os pesquisadores avaliaram as percepções de membros e líderes de igrejas sobre a vida religiosa durante a pandemia. O estudo revelou que a adoração online e eventos sociais, como casamento e funerais, foram extremamente difíceis para as comunidades religiosas com as restrições do coronavírus.
Joshua Edelman, um dos pesquisadores principais, afirmou que as mudanças trazidas pela pandemia colocou uma grande pressão sobre as congregações e os líderes. "Para muitas pessoas, existe um sentimento real de perda, e o ponto central parece ser a perda da comunidade, de a adoração ser algo que fazemos juntos”, afirmou ao Premier Christian News.
Apesar dos fiéis terem considerado a programação online mais desafiadora durante a pandemia, o estudo apontou que a frequência online foi maior e que a diversidade de pessoas foi mais ampla, incluindo aqueles que não podiam ir ou aqueles que não queriam ir ao templo físico.
Modelo híbrido no futuro
A partir desta constatação, os pesquisadores estão sugerindo que as igrejas devem adotar um modelo híbrido de igreja digital e física no futuro.
“Acho que esses novos membros, essa nova comunidade expandida que existe online, devem ser vistos como uma fonte de força. A chave seria encontrar uma maneira de fazer essa comunidade servir e fazer parte da comunidade da igreja em pessoa e integrá-los em uma comunidade”, avaliou Edelman.
O pesquisador admite que a adoração online possui limitações, já que a qualidade de envolvimento da igreja virtual não pode corresponder ao da igreja física. Mas, Joshua argumenta que a tecnologia digital pode ser usada para complementar a experiência pessoal no templo.
“Algumas igrejas têm cultos de adoração diários curtos que você nunca poderia fazer pessoalmente, mas você pode fazer de forma eficiente online e então eles vêm para a igreja física no domingo. Além disso, para abrir a possibilidade de conexão com comunidades globais mais amplas. Estas devem ser vistas como melhorias, não como meios de minar as comunidades físicas da igreja”, analisou.
E concluiu: “Os princípios são os mesmos: de comunidade, de serviço, adoração e comunhão. Mas as técnicas para fazer isso podem precisar ser reaprendidas. Eu encorajaria as igrejas a fazerem isso para que possam prosperar”.
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