Policiais cercaram uma igreja com barreiras na manhã desta quarta-feira (7), na cidade de Edmonton, no Canadá. Com as cercas, os oficiais tentam impedir os fiéis de acessarem o templo da GraceLife Church.
De acordo com o site canadense The Post Millennial, policiais invadiram a propriedade no início da manhã. O motivo exato do bloqueio ainda é desconhecido.
A GraceLife ganhou as manchetes no início deste ano depois que o pastor da igreja, James Coates, foi preso por realizar cultos presenciais em meio às medidas restritivas para conter a pandemia.
O pastor James Coates foi detido em 5 de março e foi liberado apenas em 22 de março, mas ainda enfrentará um julgamento, que está agendado para 3 de maio de 2021.
A esposa do pastor, Erin Coates, compartilhou uma mensagem sobre a invasão em sua conta no Instagram. “Isso é o que acontece quando você tem liberdade religiosa em uma sociedade livre e democrática: eles prendem seu pastor por abrir livremente as portas da igreja e servir às ovelhas de Cristo e ferir as pessoas”, disse ela.
“Agora eles acorrentaram as portas da GraceLife Church com uma cerca de arame. Tudo isso sob o pretexto de uma ordem de saúde. Pena que a Igreja não é um edifício, é um povo comprado por sangue — Cristo prevaleceu e prevalecerá”, Erin acrescentou.
Roads blocked and fences going up around GraceLife Church this morning... pic.twitter.com/qSbLXRWKut
— Kim Smith (@Kim_SmithTV) April 7, 2021
Police and security are putting up a fence around Gracelife! Please pray for wisdom as our elders navigate this new development! @LaurenJDyck @tomascol @TomBuck @MichelleDLesley @Aspree_Berean @D_B_Harrison @TobyLogsdon @DrOakley1689 @MikeHovland pic.twitter.com/NPev6fCuLl
— Oma10 (@theresiasmith52) April 7, 2021
John Carpay, presidente do Centro de Justiça para Liberdades Constitucionais, o escritório de advocacia que representa a igreja, divulgou um comunicado nesta tarde, repreendendo o governo não apenas por colocar uma barreira em torno da igreja, mas também por tentar atrasar o julgamento do pastor James.
O governo da província de Alberta solicitou ao tribunal o adiamento do julgamento para dar mais tempo à produção de provas que justifiquem suas medidas de bloqueio.
“Por que o governo tem medo de perguntas difíceis? E por que, em nosso décimo terceiro mês de bloqueio, com três meses de aviso prévio do julgamento marcado para 3 de maio, o governo exige até julho de 2021 para reunir evidências médicas e científicas?”, pergunta o advogado.
“Esta é provavelmente a primeira vez na história canadense que um governo federal ou provincial ataca diretamente a religião e sua prática, além de um pastor cristão; com base em ordens de saúde arbitrárias e não científicas, de um médico não eleito e politicamente nomeado, cujas ordens não são examinadas por membros eleitos da Assembleia Legislativa”, conclui Carpay.
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