Igrejas podem ser obrigadas a contratar funcionários gays, no Texas

Um projeto de lei pretende forçar as igrejas a contratarem pessoas sem distinguir religião ou orientação sexual.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: sexta-feira, 7 de dezembro de 2018 às 13:35
Bandeira LGBT estendida na Igreja Unitária da Providência, uma denominação classificada como inclusiva. (Foto: First Unitarian Church of Providence)
Bandeira LGBT estendida na Igreja Unitária da Providência, uma denominação classificada como inclusiva. (Foto: First Unitarian Church of Providence)

Igrejas poderão ser obrigadas a contratar funcionários homossexuais e transgêneros, inclusive para a função pastoral, de acordo com um projeto de lei apresentado na cidade de Austin, no Texas (EUA).

O projeto de lei pretende que garantir “a oportunidade de cada pessoa de obter emprego sem levar em consideração a raça, cor, religião, sexo, orientação sexual, identidade de gênero, nacionalidade, idade ou deficiência”.

O Conselho Americano de Pastores, sediado em Houston, e a organização Texas Values estão processando a cidade de Austin em um tribunal federal por causa do projeto de lei. Ambos os grupos afirmam que a ordenança irá forçar as igrejas a irem contra suas crenças bíblicas. Eles também pedem a isenção religiosa para as igrejas que se recusam a contratar pessoas homossexuais ou transexuais como funcionários, incluindo pastores.

Mesmo com o pedido, as autoridades da cidade de Austin não estão recuando. “A não-discriminação é um valor central em Austin e precisamos defendê-la”, disse o prefeito de Austin, Steve Adler, à KXAN-TV.

O presidente do Conselho de Pastores dos EUA, Dave Welch, advertiu que se o projeto de lei for aplicado, será apenas uma questão de tempo até que todas as garantias da Primeira Emenda entrem em colapso nos EUA.

Welch acredita que é hora de as igrejas em todo o país se levantarem. Ele notou que os cristãos não podem esperar para agir quando for “tarde demais”, porque isso coloca a igreja em desvantagem.   

“No passado, muitas vezes esperávamos e assistíamos do lado de fora, em silêncio”, disse ele à organização Christian Action Network. “Decidimos que isso não é mais possível, isso não é aceitável”.

“Uma ameaça a qualquer uma de nossas proteções constitucionais é uma ameaça a todos os nossos direitos constitucionais”, continuou Welch. “Forçar as igrejas a violar as convicções fundamentais não é aceitável. Uma vez que o governo faça isso, todas as nossas proteções constitucionais desaparecerão”.

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