Líderes cristãos foram convidados a participar do enfrentamento à corrupção, a fim de ajudar a conscientizar a sociedade sobre os valores éticos. O Programa Nacional de Prevenção Primária à Corrupção foi apresentado aos membros do Conselho Apostólico Brasileiro na última terça-feira (20), na Câmara dos Deputados.
Com o lema “Todos Juntos Contra Corrupção”, o Programa Nacional de Prevenção Primária à Corrupção nasceu de uma iniciativa de servidores públicos para que o tema seja conhecido pelo Brasil. Sua campanha destaca que é possível reverter a corrupção através da educação e da cultura.
“Quando experimentamos um tempo de oportunidade como temos vivido no Brasil, eu olho para a Igreja e falo: a Igreja tem que se mexer. Não há outro referencial moral mais sólido do que as Escrituras, não há povo disposto ao sacrifício além do povo de Deus”, disse Éverton, auditor federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU).
Ele ainda destacou que a proposta do programa é trabalhar na raiz da corrupção: o fator humano. Para isso, é preciso romper a cadeia da corrupção, que envolve os agentes públicos, o setor produtivo e também o cidadão.
“Precisamos que o cidadão saia de uma situação inerte, só com a boca reclamando ou, no máximo, um ativismo de Facebook que não transforma a nação. Precisamos de gente que olhe para a sociedade com um espírito de serviço”, disse Éverton. “Quando eu olho para a Igreja, vejo que ela está presente em todas as cidades de nossa nação. Mas essa Igreja ainda não se descobriu responsável pela Reino”.
O pastor e deputado federal Roberto de Lucena (PODE-SP) também enfatizou a importância da Igreja na promoção de valores éticos. “Integridade para mim é o assunto mais profundo no tema de combate à corrupção”, observou.
Deputado federal Roberto de Lucena incentivou a Igreja a promover valores éticos. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa)
“Nós temos no Brasil instalada uma cultura de corrupção, que também envolve aspectos espirituais. Todos os domingos, quase ⅓ da população brasileira está sentada nos bancos de nossas igrejas. Hoje, nós temos a Igreja presente em todo o tecido social. Nós precisamos levantar essa bandeira e chamar para nós a responsabilidade dessa causa”, acrescentou.
“Precisamos lembrar as pessoas que a corrupção não está circunscrita aos ambientes políticos. Essa nada mais é uma Casa de representantes, e não vai chegar o dia em que os representantes sejam mais santos do que os representados. Nós precisamos começar uma ação de restauração no tecido social. Não há nenhuma instituição no país com mais poder nesse processo de mudanças do que a Igreja”, Lucena pontuou.
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