O Irã libertou temporariamente cerca de 85.000 prisioneiros, inclusive presos políticos, em resposta à epidemia do coronavírus, informou um porta-voz do Judiciário nesta terça-feira (17).
A pandemia provocou a morte de 853 pessoas e um total de 14.991 infectados no Irã, considerado um dos piores surtos fora da China.
“Cerca de 50% deles eram prisioneiros relacionados à segurança”, disse disse Gholamhossein Esmaili. Ele não deu detalhes sobre quando os libertados teriam que voltar para a prisão.
De acordo com a organização Article18, seis cristãos estão entre os presos libertados. No entanto, pelo menos 11 cristãos que cumprem sentenças relacionadas à “segurança nacional” permanecerão presos.
A ativista cristã Mary Fatemeh Mohammadi está entre as detentas que receberam licença temporária da prisão feminina de Qarchak. Na prisão, ela foi tão severamente torturada e espancada que os machucados continuam visíveis em seu corpo três semanas depois.
O Irã havia anunciado a libertação de 70.000 prisioneiros em 9 de março em resposta ao vírus, mas nenhum deles era preso político.
O relator especial da ONU para os direitos humanos no Irã, Javaid Rehman, disse que havia pedido a Teerã que libertasse temporariamente todos os presos políticos de suas prisões superlotadas e cheias de doenças para ajudar a conter a propagação do coronavírus.
Os Estados Unidos pediram ao Irã que libertasse dezenas de cidadãos e estrangeiros detidos principalmente por acusações de espionagem, dizendo que Washington responsabilizaria diretamente o governo de Teerã por qualquer morte americana.
Autoridades do Irã culpam as sanções americanas pela dificuldade em conter o coronavírus no Irã. As sanções foram reimpostas a Teerã desde que Washington deixou o acordo nuclear em 2015.
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