Pesquisadores dos EUA deram a primeira dose em quatro voluntários saudáveis, no primeiro teste de uma vacina experimental contra o coronavírus na última segunda-feira (16), iniciando uma busca mundial por proteção, enquanto a pandemia cresce em diversos países.
Com aplicações feitas cuidadosamente nos braços dos voluntários, os cientistas do Instituto de Pesquisa Kaiser Permanente Washington, em Seattle, começaram o ansiosamente aguardado primeiro estágio de uma potencial vacina contra o COVID-19, desenvolvida em tempo recorde, depois que o novo vírus explodiu na China e se espalhou para outros países.
"Agora somos a ‘equipe coronavírus’", disse Lisa Jackson, líder do estudo da Kaiser Permanente, na véspera do experimento. "Todo mundo quer fazer o que pode nesta emergência."
A Associated Press observou que a primeira voluntária do estudo a receber a dose, uma gerente de operações de uma pequena empresa de tecnologia, recebeu a injeção em uma sala de exames.
“Todos nos sentimos tão impotentes. Esta é uma oportunidade incrível para eu fazer algo”, disse Jennifer Haller, de 43 anos, de Seattle, antes de ser vacinada. Seus dois filhos adolescentes "acham legal" que ela esteja participando do estudo.
Após a injeção, ela saiu da sala de exames com um grande sorriso: "Estou me sentindo ótima".
Três outros voluntários foram os próximos na fila para um teste que finalmente dará a 45 voluntários duas doses, com um mês de intervalo.
Neal Browning, de 46 anos, de Bothell, Washington, é um engenheiro de rede da Microsoft que diz que suas filhas têm orgulho dele por ter se voluntariado.
"Todo pai quer que seus filhos os admirem", disse ele. Mas ele lhes disse para não se gabarem com os amigos. "Há outras pessoas também. Não é só o papai que está fazendo isso".
Mobilização internacional
As aplicações de segunda-feira marcaram apenas o começo de uma série de estudos em pessoas que são necessárias para provar se as doses são seguras e podem funcionar. Mesmo que a pesquisa corra bem, a vacina não estará disponível para uso generalizado antes de 12 a 18 meses, disse o Dr. Anthony Fauci, do Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH).
Em uma entrevista coletiva, o presidente Donald Trump elogiou a rapidez com que a pesquisa progrediu. Fauci observou que se passaram 65 dias desde que os cientistas chineses compartilharam a sequência genética do vírus. Ele disse que acreditava que era um recorde para o desenvolvimento de uma vacina para testes.
Essa ‘candidata a vacina’, de codinome mRNA-1273, foi desenvolvida pelo NIH e pela empresa de biotecnologia Moderna Inc., com sede em Massachusetts. Não há chance de os participantes serem infectados porque as doses não contêm o próprio coronavírus.
Esta também não é a única vacina potencial em andamento. Dezenas de grupos de pesquisa em todo o mundo estão correndo para criar uma vacina contra o COVID-19. Entre os países envolvidos nas tentativas de desenvolver uma vacina, estão a própria China, Coreia do Sul e Israel. Porém, ao todo são 20 grupos desenvolvendo projetos nessa área.
Um exemplo disso é o "Instituto de Pesquisa MIGAL em Kiryat Shmona, onde estão em andamento esforços para produzir uma vacina contra o coronavírus".
A vacina que está sendo desenvolvida pelo instituto é oral, porém os cientistas israelenses destacaram que os testes em pessoas ainda devem demorar alguns meses.
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