Jovens estão deixando a igreja porque o cristianismo se tornou alienante, diz Hillary Clinton

Hillary Clinton falou sobre sua visão em relação à igreja durante uma entrevista com um pastor e ativista político americano.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 6 de outubro de 2020 às 13:43
Hillary Clinton foi primeira-dama, senadora e secretária de Estado dos EUA. (Foto: David Gannon/AFP)
Hillary Clinton foi primeira-dama, senadora e secretária de Estado dos EUA. (Foto: David Gannon/AFP)

Muitos jovens estão deixando a igreja porque o cristianismo se tornou muito crítico e alienante para eles, segundo a ex-primeira dama e ex-senadora Hillary Clinton, que foi metodista ao longo da vida.

Clinton opinou sobre aspectos religiosos em conversa com o pastor e ativista político William J. Barber II, da Greenleaf Christian Church em Goldsboro, na Carolina do Norte, na semana passada em seu podcast “You and Me Both with Hillary Clinton”. 

“Muitas pessoas estão deixando a igreja, muitos jovens estão deixando a igreja, em parte pela maneira como eles entendem o que o cristianismo se tornou... Tão julgador, tão alienante, que pensam consigo mesmos, ‘bem, eu não preciso disso’”, disse ela.

Durante o podcast, Clinton argumentou que a expressão “vidas negras importam” é uma “declaração teológica” e sugeriu que as igrejas nos Estados Unidos devem ser parceiras neste momento de “despertamento moral”.

“Quando você pensa sobre o esforço muito intencional e coordenado de um partido político para basicamente tentar possuir o cristianismo e ignorar o papel da igreja afro-americana, ele negligencia, como você diz, muita teologia, muita história. Ele também ignora este momento no tempo. Vidas negras importam e eu vejo isso profundamente como uma declaração teológica”, disse Clinton.

“Sabe, dizer que Jesus e justiça são a mesma coisa me parece tão óbvio. Quero dizer, como você pode ser uma pessoa que lê a Bíblia, uma pessoa que frequenta a igreja, e não entende o quão verdadeira essa frase simples realmente é”, ela acrescentou.

Durante a conversa, o pastor Barber apontou que embora a América é composta por duas teologia opostas; da “religião dos proprietários de escravos” e da “religião do abolicionista”, que se uniu para lutar contra o racismo. Ele acredita que os protestos raciais em curso nos EUA são as “dores de parto” do que ele vê como uma reconstrução social.

Foi neste momento que Clinton perguntou Barber “o que a Igreja deveria estar fazendo”, enquanto “muitos jovens estão deixando a igreja” por entender que o cristianismo se tornou julgador e alienante.

O pastor, então, respondeu: “Os jovens estão muito abertos à fé que fala de transformação, de amor, de justiça, de igualdade, de essência, a essência do que significa ser uma pessoa de fé. Eu acho que temos que estar engajados. Nos dias em que vivemos, não há como a igreja ficar em quarentena dentro das quatro paredes de um edifício, porque nunca foi isso que pretendia fazer”, disse ele.

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