"A Igreja é assim obrigada a ver a evangelização (espalhar o cristianismo) para judeus, que acreditam em um só Deus, de uma maneira diferente do que para pessoas de outras religiões e visões de mundo", declarou o documento.
O diretor do grupo Judeus por Jesus, David Brickner, disse que a posição do Vaticano sobre o assunto era "notória", especialmente vinda de uma instituição que pretende representar um número significativo de cristãos no mundo.
"Como pode o Vaticano ignorar o fato de que a Grande Comissão de Jesus Cristo ordena que seus seguidores estão levando o evangelho à todas as pessoas?", questionou
"Eles estão apenas favorecendo alguns líderes da comunidade judaica, que aplaudem por estar fora do radar de evangelização pelos católicos? Se assim for, eles precisam ser lembrados que receberam a mensagem do evangelho, pela primeira vez, através dos lábios de judeus que acreditaram em Jesus", disse Brickner.
O novo documento da Comissão de Relações Religiosas com Judeus do Vaticano enfatizou os ensinamentos recentes do Vaticano de que as duas religiões são interligadas e que Deus nunca anulou o seu pacto com o povo judaico.
No passado, orações católicas denunciavam judeus por não acreditarem em Jesus. Judeus também acusam o papado na Segunda Guerra Mundial de fazer vista grossa diante do Holocausto, algo que o Vaticano nega.
"A Igreja Católica não realiza, nem apoia qualquer trabalho missionário específico direcionado aos judeus. Os judeus não são excluídos da salvação, embora eles não acreditem em Jesus Cristo como o Messias de Israel e Filho de Deus. A Igreja é, portanto, obrigada a promover a evangelização aos judeus, que acreditam no único Deus, de uma maneira diferente das pessoas de outras religiões e outras visões de mundo", finalizou.
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