O professor de educação física Byron “Tanner” Cross, que foi suspenso por se opor à política transgênero adotada pela escola em que trabalhava, ganhou sua batalha inicial contra o distrito escolar de Loudoun, no estado da Virgínia (EUA).
Em uma carta nesta terça-feira (8), o juiz James E. Plowman ordenou que as Escolas Públicas do Condado de Loudoun (LCPS, na sigla em inglês) restaurassem a posição de Cross como professor de educação física na escola primária de Leesburg.
A liminar temporária permitirá que Cross mantenha seu emprego até 31 de dezembro de 2021, a menos que outras ordens sejam aplicadas.
O juiz argumentou que Cross provavelmente teria sucesso se seu caso fosse levado a julgamento, já que o distrito escolar não levou em conta seus direitos constitucionais. Plowman disse ainda que reintegrar seu emprego estava dentro do “interesse público”.
Na reunião do conselho escolar, em 25 de maio, o Cross expressou sua oposição às políticas de gênero da escola. “Eu sou um professor, mas primeiro eu sirvo a Deus, e não vou afirmar que um menino biológico pode ser uma menina e vice-versa porque é contra a minha religião. É mentir para uma criança, é abuso para uma criança e é pecar contra o nosso Deus”, disse.
Poucos dias depois do discurso, Cross foi avisado em uma carta que estava suspenso e sob investigação por sua conduta, “que teve um impacto prejudicial nas operações” da escola.
Religião influenciou a suspensão
O distrito escolar chegou a argumentar que estava suspendendo Cross não por seu discurso, mas por causa da perturbação criada pelo professor, mas o juiz rejeitou a alegação.
“O Tribunal concluiu que a interrupção invocada foi insuficiente”, escreveu o juiz, acrescentando que o discurso de Cross e o conteúdo religioso foram “centrais” para a decisão do LCPS.
O LCPS não quis comentar. A Alliance Defending Freedom (ADF), uma organização de liberdade religiosa que representa Cross, elogiou a decisão.
“Ninguém deve ser punido por expressar preocupação sobre uma política governamental proposta, especialmente quando o governo convida a comentar essa política”, disse o presidente e CEO da ADF, Michael Farris.
“Os educadores são como todo mundo — eles têm ideias e opiniões que devem ser livres para expressar”, acrescentou. “As soluções em que acreditam não devem custar seus empregos.”
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