Lei pune prática de aborto com até 99 anos de prisão no Alabama

Alabama aprova lei mais severa contra médicos que praticarem interrupção da gravidez em qualquer etapa da gestação.

Fonte: Guiame, com informações do UOLAtualizado: quarta-feira, 15 de maio de 2019 às 20:39
Grupos pró-vida protestam contra aborto nos EUA. (Foto: AFP/Getty)
Grupos pró-vida protestam contra aborto nos EUA. (Foto: AFP/Getty)

O Senado do Alabama aprovou nesta terça-feira (15) a lei contra o aborto mais severa dos Estados Unidos, que proíbe a interrupção da gravidez em qualquer etapa da gestação e pune com até 99 anos de prisão o médico que o pratique.

O texto da lei, que não prevê exceções em casos de estupro ou incesto, foi enviado à governadora republicana Kay Ivey, que não confirmou se o firmará.

A maior organização de defesa dos direitos humanos dos Estados Unidos, a ACLU, prometeu acionar a justiça para bloquear a adoção da lei, apesar de o objetivo declarado de seus promotores seja levar a discussão à Suprema Corte

Os republicanos buscam que o Supremo, agora com maioria de juízes conservadores, reverta a decisão "Roe vs. Wade", que em 1973 reconheceu o direito das mulheres ao aborto.

"Esta lei pune as vítimas de estupro e incesto" e lhes tira "o controle de seus próprios corpos, forçando-as a dar à luz", denunciou a ACLU.

"Acabam de violentar o próprio estado do Alabama", disse o líder da minoria democrata no Senado, Bobby Singleton.

Já o vice-governador e presidente republicano do Senado, Will Ainsworth, saudou a decisão dizendo que os legisladores "deram um grande passo na defesa dos direitos dos não nascidos”.

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