O Senado do Alabama aprovou nesta terça-feira (15) a lei contra o aborto mais severa dos Estados Unidos, que proíbe a interrupção da gravidez em qualquer etapa da gestação e pune com até 99 anos de prisão o médico que o pratique.
O texto da lei, que não prevê exceções em casos de estupro ou incesto, foi enviado à governadora republicana Kay Ivey, que não confirmou se o firmará.
A maior organização de defesa dos direitos humanos dos Estados Unidos, a ACLU, prometeu acionar a justiça para bloquear a adoção da lei, apesar de o objetivo declarado de seus promotores seja levar a discussão à Suprema Corte
Os republicanos buscam que o Supremo, agora com maioria de juízes conservadores, reverta a decisão "Roe vs. Wade", que em 1973 reconheceu o direito das mulheres ao aborto.
"Esta lei pune as vítimas de estupro e incesto" e lhes tira "o controle de seus próprios corpos, forçando-as a dar à luz", denunciou a ACLU.
"Acabam de violentar o próprio estado do Alabama", disse o líder da minoria democrata no Senado, Bobby Singleton.
Já o vice-governador e presidente republicano do Senado, Will Ainsworth, saudou a decisão dizendo que os legisladores "deram um grande passo na defesa dos direitos dos não nascidos”.
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