Mais de 42 milhões de abortos foram realizados em todo o mundo em 2020

O número de abortos superou qualquer outra causa de morte em 2020.

Fonte: Guiame, com informações do WorldometersAtualizado: terça-feira, 5 de janeiro de 2021 às 11:45
Militantes expõem faixa em manifestação a favor da legalização do aborto na Argentina, que aprovou recentemente o procedimento até o terceiro mês de gestação. (Foto: Janaina Figueiredo)
Militantes expõem faixa em manifestação a favor da legalização do aborto na Argentina, que aprovou recentemente o procedimento até o terceiro mês de gestação. (Foto: Janaina Figueiredo)

Mais de 42 milhões de abortos ocorreram em 2020, ultrapassando o total de pessoas que morreram como resultado das principais causas de morte no mundo.

De acordo com dados compilados pelo Worldometer, site de referência que monitora estatísticas sobre saúde, população global, uso de recursos e óbitos em tempo real, mais de 40 milhões de abortos são realizados em todo o mundo anualmente.

O site tabula estatísticas sobre aborto disponibilizadas pela Organização Mundial de Saúde. O último resultado do Worldometer para 2020 foi exposta na véspera do Ano Novo e revela que mais de 42,6 milhões de abortos foram realizados em todo o mundo em 2020.

Já as doenças transmissíveis, por exemplo, mataram mais de 13 milhões de pessoas em todo o mundo em 2020. Cerca de 8,2 milhões de pessoas em todo o mundo perderam suas vidas para o câncer, enquanto cerca de 5,1 milhões de pessoas e 2,5 milhões de pessoas morreram devido ao tabagismo e ao álcool, respectivamente.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, mais de 1,8 milhão de pessoas em todo o mundo morreram de coronavírus em 2020.

Outras principais causas de morte em 2020 incluíram mortes em acidentes de trânsito, das quais foram quase 1,4 milhão. Além disso, os suicídios são responsáveis ​​por quase 1,1 milhão de mortes em todo o mundo.

O número total de mortes em todo o mundo em 2020, excluindo abortos, foi de quase 59 milhões.

Mas se os abortos fossem contabilizados como causa de morte e não apenas outra estatística de saúde, o número global de mortes em 2020 aumentaria para mais de 100 milhões.

O número de gestações interrompidas em todo o mundo em 2020 é maior do que o número total de pessoas que sucumbiram a todas as outras principais causas de morte listadas.

Site do instituto Worldometers mostra registro de mais de 42 milhões de abortos em todo o mundo no ano de 2020. (Imagem: Worldometers)

Histórico

O ano de 2020 não é o primeiro em que o número total de abortos ultrapassou o total de pessoas que morreram pelas principais causas de morte.

Conforme relatado anteriormente, o Worldometer registrou que houve cerca de 42,4 milhões de abortos ocorridos em 2019.

Apesar de o aborto ser a principal causa de morte em todo o mundo, também tem sido a principal causa de morte nos Estados Unidos nos últimos anos.

De acordo com o Instituto pró-aborto Guttmacher, 862.320 abortos foram realizados nos EUA em 2017. Nesse mesmo ano, uma doença cardíaca frequentemente citada como a principal causa de morte nos EUA, tirou a vida de 647.457 americanos, de acordo com os Centros para Controle de Doenças.

Em 2017, o número total de mortes nos Estados Unidos, excluindo abortos, foi de 2.813.503.

E em 2021, mal o ano começou, o Worldometer já mostra que mais de 435.000 abortos foram realizados desde em todo o mundo, a partir da noite de a última segunda-feira.

Como o aborto continuou sendo a principal causa de morte em todo o mundo em 2020, os países em todo o mundo optaram por adotar abordagens de políticas públicas drasticamente diferentes em relação à questão polarizadora.

Na semana passada, o senado da Argentina aprovou um projeto de lei que permite o aborto eletivo durante as primeiras 14 semanas de gravidez. Anteriormente, o país só permitia o aborto se a mulher tivesse sido estuprada ou se sua vida estivesse em perigo em decorrência da gravidez.

Em outubro de 2020, o Tribunal Constitucional da Polônia, o equivalente a um supremo tribunal no país, decidiu que uma lei que permitia o aborto com base em defeitos fetais violava a constituição do país. A decisão teve o efeito de tornar o aborto legal na Polônia apenas em casos de estupro ou incesto ou se a vida ou a saúde da mãe estivessem em risco.

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