‘Meu filho é minha bênção’, diz mãe que se recusou a abortar bebê com síndrome de Down

Yami Johnson, mãe de Noah, disse que chegou a ser pressionada pelos médicos a abortar, mas decidiu ignorar os conselhos dos profissionais de saúde.

Fonte: Guiame, com informações do MetroAtualizado: terça-feira, 10 de novembro de 2020 às 12:44
Noah nasceu com síndrome de Down, problemas cardíacos, pulmonares e renais. (Foto: Yami Johnson/Metro)
Noah nasceu com síndrome de Down, problemas cardíacos, pulmonares e renais. (Foto: Yami Johnson/Metro)

Uma mãe ignorou o conselho dos médicos e decidiu não abortar seu bebê diagnosticado com síndrome de Down. Hoje sua vida é um exemplo de que criar um filho com a condição genética “não é uma maldição, mas uma bênção”.

Yami Johnson, de 46 anos, é mãe de quatro filhos e mora no Brooklyn, em Nova York. Quando soube que estava grávida de um bebê com síndrome de Down, ela disse que foi “pressionada” pelos médicos a interromper o parto, que tentaram convencê-la de que criar essa criança seria “um trabalho muito duro”.

A mãe chegou a recusar uma consulta de aborto que foi arranjada e decidiu ficar com o bebê. Contrariando a previsão dos médicos, seu filho, Noah, hoje com dois anos, se tornou uma criança feliz e cativante que conquistou mais de 83 mil seguidores no Instagram.

“Eu descobri que meu bebê tinha síndrome de Down com quatro meses de gravidez. Os médicos fizeram isso parecer uma notícia ruim, fizeram parecer algo terrível”, disse Yami ao jornal britânico Metro.

“Eles até marcaram uma consulta para discutir o aborto sem meu consentimento. Eu senti como se a vida do meu filho não fosse apoiada e me senti pressionada a abortar”, ela contou. 

Yami lamenta ter sido convencida ao aborto, pois hoje tem a oportunidade de criar uma criança feliz e saudável. “Ter síndrome de Down não é o fim do mundo e não é uma maldição ou um castigo, na verdade é uma bênção”, destacou. “Muitos pais de filhos com síndrome de Down vão concordar comigo”.


Yami diz que os médicos tentaram convencê-la a interromper a gravidez. (Foto: Yami Johnson/Metro)

Noah, que nasceu em 27 de janeiro de 2018, também foi diagnosticado com defeito cardíaco incurável, doença pulmonar, apnéia do sono e problemas renais. Ele já passou por duas cirurgias cardíacas e espera ter uma vida normal com o aparelho respiratório noturno.

Noah ainda tem dificuldades de andar e falar, mas seu sorriso sempre contagiou familiares e amigos. Por causa de seu carisma, a mãe resolveu criar uma página no Instagram dedicada ao filho, chamada “Supernoah”.

“Não fazia ideia que todas essas pessoas iriam seguir meu filho, é uma loucura. Eu fiz isso porque achei muito trabalho enviar fotos e atualizações para todos que eu conhecia”, disse Yami, que também tem outros três filhos de 28, 23 e 9 anos.

“Eu gostaria de ter encontrado uma página como a do Noah quando estava pesquisando sobre a síndrome de Down, quando estava grávida”, disse. “Eu só posto fotos do nosso cotidiano, a maioria são fotos engraçadas do Noah, mas também as uso para educar nossos seguidores sobre a condição”.

Yami acredita que a conscientização e aceitação das pessoas com síndrome de Down está crescendo e melhorando, mas ainda há um trabalho a ser feito pelas gestantes. Ela pede aos profissionais de saúde que parem de tratar a síndrome de Down como uma “má notícia”.


Noah vai completar três anos em janeiro de 2021. (Foto: Yami Johnson/Metro)

“O fato do Noah ter síndrome de Down me faz amá-lo ainda mais”, disse a mãe. “Ter o Noah me deu uma nova perspectiva de vida. Ele me ensinou a desacelerar e desfrutar as pequenas coisas da vida. Ter um bebê como Noah é uma bênção”.

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