A missionária LaVonna Ennis e seu marido, Scott, enfrentaram dificuldades tanto na vida pessoal quanto no ministério quando a pandemia de Covid-19 começou a afetar a África.
Em abril, eles tinham a opção de retornar para os Estados Unidos em um voo de repatriação, ou ficar para enfrentar a pandemia em um país precário. O casal decidiu ficar na África e continuar em sua missão através da Assembleia de Deus.
“Nossa decisão de ficar e o toque da cura de Deus em nossas vidas também impactou muito nossos amigos muçulmanos na África”, disse LaVonna à AG News.
Os missionários fizeram uso de medicamentos e vitaminas como prevenção da Covid-19 e seguiram todas as medidas de segurança, fazendo o trabalho de discipulado online. No fim de julho, no entanto, Scott começou a apresentar sintomas do coronavírus, bem como LaVonna, quatro dias depois dele.
Eles estavam fazendo o tratamento em casa, seguindo o protocolo médico de profissionais da saúde dos EUA, mas o quadro de LaVonna começou a piorar.
“Fiquei cada vez mais fraca e a dor às vezes era insuportável. Mastigar e beber água se tornou uma batalha. Eu mal conseguia andar do quarto para a poltrona na sala. Depois de uma semana, eu não conseguia mais andar”, disse LaVonna.
Fugindo dos noticiários, o casal decidiu mergulhar em adoração, leitura da Bíblia, pregações e programas de TV cristãos. Enquanto isso, LaVonna diz que se sentiu cercada por uma opressão espiritual.
“Na noite em que fiquei mais doente, a eletricidade foi cortada (o que não é incomum), silenciando a suave música do louvor. Quando acordei, vi espíritos demoníacos da morte voando perto do teto. Eu quase podia sentir a brisa forte causada por suas asas. Eu sussurrei: ‘Deus, estou pronta para Te conhecer, se o Senhor estiver pronto para me levar. Mas eu repreendo esses espíritos das trevas’”, relata a missionária.
Batalha espiritual
Naquele instante, LaVonna sentiu-se arrependida por não ter conhecido pessoalmente seus três netos — o primeiro tinha nascido um mês antes e os próximos nasceriam em setembro e novembro. “Senti uma cutucada gentil do Espírito Santo: ‘Você vai ter que adorar enquanto passa por isso’. Eu não tinha certeza exatamente do que isso significava, mas comecei a adorar a Deus em um sussurro. Eu não queria acordar Scott, eu não tinha voz e minha respiração estava difícil”, explica.
Depois de alguns minutos, LaVonna começou a sussurrar a letra da música “Levanto Um Aleluia”, da Bethel Music, gravada em português por Ana Paula Valadão e Isaías Saad.
“Levanto um aleluia na presença do inimigo. Levanto um aleluia mais alto que os ruídos. Levanto um aleluia, canções são armas para mim. Levanto um aleluia, o céu vem guerrear por mim”, diz a letra.
Depois de cantar este trecho na música, LaVonna diz que viu “uma luz começar a perfurar o centro dos espíritos demoníacos”. Então ela continuou cantando: “Na tempestade eu vou cantar. Alto e mais alto o meu louvor rugirá Das cinzas a fé se levantará. A morte é vencida, o Rei vivo está”.
“Senti os espíritos malignos se moverem para os cantos da sala e o centro se encheu de luz. Enquanto eu adorava, a escuridão ia embora. Mas quando parei de adorar, eles voltaram para me cercar. Continuei sussurrando louvores e canções de adoração por cerca de seis horas. Por fim, bem depois do sol nascer, não senti mais o mal na sala, embora meu corpo ainda estivesse fraco e devastado pela doença”, conta a missionária.
LaVonna Ennis e seu marido, Scott, fazem missões na África pela Assembleia de Deus. (Foto: Arquivo pessoal)
No dia seguinte, Scott conseguiu chamar um farmacêutico e uma enfermeira, que eram membros da igreja, para avaliar sua esposa, que ainda estava fraca e desidratada. Enquanto continuou recebendo tratamento em casa, a missionária ouviu um hino antigo que a tocou profundamente: “Lágrimas escorreram pelo meu rosto enquanto comecei a ser curada, tanto no corpo quanto no espírito”.
Cura completa
Depois de uma semana, LaVonna finalmente conseguiu andar com a ajuda de uma cadeira do escritório e, nos dias seguintes, começou a andar sem ajuda.
Com a recuperação da missionária, o casal conseguiu ir aos Estados Unidos para conhecer o primeiro neto, Adalai, e acompanhar o parto dos outros dois netos, Amara e Joshua.
Apesar de ter a saúde recuperada, LaVonna ainda sentia muita dor e fraqueza muscular por causa da Covid-19. Até que, em 8 de novembro, no culto de apresentação dos netos do casal na Assembleia de Deus Vida Abundante em Neosho, no Missouri, ela recebeu a cura completa.
“Durante o culto, o Espírito Santo começou a se mover. Uma senhora veio até a frente e disse: ‘Deus quer curar alguém aqui de dores e fadiga muscular’”, conta a missionária. “Enquanto segurava Adalai, comecei a reivindicar isso para mim”.
Minutos depois, LaVonna diz que já não sentia a mesma dor e resolveu sair para fazer um teste. “Desci as escadas e subi correndo, sem tocar no corrimão e sem dor — não tive problemas desde aquele dia!”, celebra. “Somos muito gratos a Deus por Sua mão de cura e direção nesta jornada. Ele nos ensinou muito sobre confiança, obediência e Sua fidelidade!”
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