Mulheres são queimadas vivas, após recusarem relações sexuais com homens do Estado Islâmico

Testemunhas disseram que as mulheres foram mortas na frente de centenas de espectadores e que elas elas "foram punidas porque se recusaram a manter relações sexuais com militantes do Estado Islâmico".

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 7 de junho de 2016 às 21:34
As estimativas dizem que mais de 3.000 meninas yazidis permanecem em cativeiros do Estado Islâmico. (Foto: Reuters)
As estimativas dizem que mais de 3.000 meninas yazidis permanecem em cativeiros do Estado Islâmico. (Foto: Reuters)

Terroristas do Estado Islâmico queiram queimados vivas, 19 mulheres, dentro de uma gaiola de ferro, na cidade iraquiana de Mosul, depois que elas se recusaram a manter relações sexuais com militantes do grupo.

Testemunhas disseram que as mulheres, de origem yazidi, foram mortas na frente de centenas de espectadores, segundo relatos do site israelita 'Ynetnews'.

Yazidis, cristãos e outras minorias religiosas foram escravizadas aos milhares em todo o Iraque e Síria, de forma que mulheres e meninas têm sido forçadas a se casar com jihadistas, que por sua vez afirmam ter o "direito" de usá-las como suas escravas sexuais.

Abdullah al-Mala, uma testemunha do assassinato das 19 mulheres, disse que elas "foram punidas porque se recusaram a manter relações sexuais com militantes do Estado Islâmico".

A agência ARA News do Oriente Médio compartilhou mais detalhes sobre os assassinatos e revelou que o incidente ocorreu em Mosul, uma das cidades capturadas pelo grupo terrorista no Iraque.

Outra testemunha disse: "As 19 meninas foram queimadas até a morte, enquanto centenas de pessoas estavam assistindo Ninguém podia fazer nada para salvá-las dessa punição brutal".


Genocídio
Os Estados Unidos, a ONU, e várias outras agências ocidentais reconheceram que a matança em massa e a escravização de Yazidis e outras minorias - como os cristãos - pelas mãos de grupos como o Estado Islâmico configuram um "genocídio" e reagiram bombardeando alvos terroristas na Síria.

Porém este reconhecimento só veio por parte dos Estados Unidos em março, quando o secretário de Estado, John Kerry finalmente anunciou que o Departamento de Estado classifica "as atrocidades do EI contra os cristãos [e outras minorias] como um genocídio".

O anúncio de Kerry foi recebido com cautela, devido ao fato de que a agência demorou tanto tempo para fazer reconhecer o caso genocídio, enquanto a União Europeia fez a designação já no início de fevereiro.

As estimativas dizem que mais de 3.000 meninas yazidis permanecem em cativeiros do Estado Islâmico.

Além disso, as forças curdas descobriram uma série de valas comuns em território recuperados, enquanto no distrito de Shingal, província iraquiana de Nínive, foram encontrados corpos de centenas de yazidis mortos e enterrados por Estado Islâmico.

Vários grupos de vigilância de perseguição, incluindo a 'Human Rights Watch', disse que os Yazidis estão em necessidade urgente de ajuda.

"Quanto mais tempo eles permanecem detidos pelo Estado Islâmico, a vida se torna mais terrível para as mulheres que são compradas, vendidas, brutalmente estupradas e têm seus filhos arrancados de seus braços", disse Skye Wheeler, pesquisador da Human Rights Watch.

"Os abusos contra as mulheres e meninas yazidis, documentados pela 'Human Rights Watch', incluindo a prática de sequestrar mulheres e meninas e forçosamente convertê-las ao islamismo e / ou forçá-las a se casarem com membros do EI, pode ser parte de um genocídio", acrescentou a organização.

Garota Yazidi que fugiu do Iraque espera em frente à sua tenda, em um campo de refugiados, na cidade de Qamishli, Síria. (Foto: Reuters)


Atrocidades
O Estado Islâmico tornou-se famoso pela utilização de uma variedade de diferentes métodos de execução e tem sido conhecido por queimar presos vivos em várias ocasiões. Em abril, os extremistas queimaram vivas, 15 pessoas que tentavam escapar da cidade iraquiana sitiada de Faluja.

Uma fonte disse à ARA News, que as pessoas estavam fugindo de Faluja, porque as condições no interior da cidade tornaram-se "insuportáveis".

"Faluja tem estado sob bloqueio sufocante durante vários meses. Pessoas suportam severa escassez de materiais básicos, em meio à deterioração das condições de vida", explicou a fonte.

Além de estupros e casamentos forçados, o Estado Islâmico já teria também tentado vender escravas sexuais nos mercados do Iraque e da Síria, ou até mesmo on-line, por meio de plataformas de mídia social, como o Facebook.

A organização de vigilância terror com sede em Washington Jihad e Terrorismo ameaça Projeto monitor do Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio observou em um relatório na semana passada que o Facebook perfis de sabe-se militantes foram anunciando mulheres capturadas com um preço inicial de US $ 8.000.

"Para todos os manos pensando em comprar um escravo, este é de US $ 8.000", a página do Facebook em questão sugere. "Eu aconselho u caras para se casar, em seguida, vêm Dawlah [IS" território no Iraque e na Síria.] "


Feminismo?  

A violência promovida contra as mulheres, praticada por grupos islâmicos foi recentemente citada pelo Rev. Franklin Graham, destacando uma lei recentemente aprovada no Paquistão, que permite que os homens muçulmanos 'batam levemente em suas esposas', caso elas os desagradem.

"Onde estão as 'Glorias Steinems', 'Bellas Abzugs' ou até mesmo as 'Hillarys Clintons', que se dizem defensoras dos direitos das mulheres quando se trata dos ensinamentos do islamismo? Por que eles não estão gritando e protestando contra a maneira como o islamismo trata as mulheres?", questionou Graham em sua página no Facebook.

Complementando a opinião do renomado evangelista, a psicóloga paranaense e presidente nacional do Movimento Pró-Mulher, Marisa Lobo apontou o feminismo como uma "hipocrisia" e o acusou de ser "parcial" em seu "apoio às mulheres".

"Temos que chamar atenção do mundo e da hipocrisia do feminismo mundial que so apóia a luta das mulheres contra os homens, pois esta gera polêmica e rende apoio as suas causas subversivas", destacou.

Segundo Marisa, o feminismo de forma geral menospreza a violência que certos grupos de mulheres têm sofrido.

"As mulheres cristãs não têm recebido apoio das feministas e ou dos direitos humanos como recebem outras mulheres abusadas e violentadas no mundo"
, alertou.

"Cadê as feministas para protestarem? Me parece que entendem esses estupros de mulheres cristãs como apenas um confronto religioso".

"Mulheres Cristãs são tratadas como lixo pelo estado islâmico , e são invisíveis para as feminista de todo mundo. Mas não para nós, do pró-mulheres que defendemos a mulher independeente de sua religião e nos preocupamos com a maneira como as mulheres têm sido tratadas no mundo por buscarem viver conforme sua fé. Não podemos mais ver essas injustiças acontecendo sem nos indignarmos", destacou.

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