“Não houve Evangelho na Sapucaí, houve sincretismo, sensualidade e blasfêmia”, diz pastor

O pastor e teólogo Thiago Oliveira fez uma crítica ao falso evangelho apresentado pela Mangueira na Sapucaí.

Fonte: GuiameAtualizado: quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020 às 13:23
Desfile da Mangueira na Sapucaí usou a figura de Jesus Cristo. (Foto: Júlio César Guimarães/UOL)
Desfile da Mangueira na Sapucaí usou a figura de Jesus Cristo. (Foto: Júlio César Guimarães/UOL)

O pastor Thiago Oliveira fez uma análise sobre o falso evangelho apresentado na Sapucaí pela Mangueira, que retratou Jesus Cristo no corpo de uma mulher, pobre e vítima da polícia em seu desfile no domingo (23).

“Não, o Evangelho não estava na Sapucaí e o que a Mangueira mostrou não é o Cristo das Escrituras”, diz o pastor e professor de Teologia em texto publicado pelo site Voltemos ao Evangelho na terça-feira (25).

“O fato de Cristo ser mostrado entre os pobres não faz disto um retrato do que temos nos Evangelhos canônicos. De fato, Jesus se fez carne e se fez pobre. Ele pregou para ‘periféricos’ e escolheu 12 homens comuns para dar continuidade ao seu ministério. Mas… Não podemos santificar a pobreza e confundir as ideologias sociais com o Evangelho”.

O pastor observou que Cristo foi rejeitado pelos considerados “periféricos” de Nazaré, foi abandonado pela multidão que tinha sido alimentada com pães e peixes quando Ele começou a pregar o que não desejavam ouvir e foi zombado no momento da crucificação também pelos pobres da época.

“Diante do Cristo que é divino e humano, ninguém é justo”, destaca Oliveira. “Pobres e ricos serão condenados caso não se convertam ao Jesus crucificado e ressurreto para perdoar pecados”.

O pastor ainda acrescenta: “Não houve Evangelho na Sapucaí. Houve sincretismo, houve sensualidade, houve blasfêmia e caricatura do Messias. Quem acha que Jesus estava no desfile da Mangueira e se diz cristão está precisando rever se está vivenciando seu cristianismo com as lentes da canonicidade ou das ideologias deste século”.

Oliveira, que também tem especialização em Ciência Política, esclarece que discursos ideológicos que usam a imagem de Jesus são “auto-engano” e só pioram a “condição de cegueira espiritual do pecador”.

“Jesus não pertence a nenhuma ideologia. Ele não está em sambódromos, assim como não está em slogans de governo. Os cristãos no Brasil precisam dar um basta na ideologização da fé. As ideologias passarão. O Senhor e a Sua Palavra jamais passarão”, afirma.

Por fim, o pastor diz que não compete aos cristãos adotar nenhuma visão ideológica, mas sim vivenciar os princípios das Escrituras.

“Misturar Jesus com elementos de esquerda ou da direita só vai custar caro para a Igreja, no futuro. Isso não é salgar, é deixar insosso achando que salgou. Que a Luz de Cristo resplandeça em cada cristão e o torne peregrino rumo à Cidade Celestial, e não sambista rumo a linha de chegada da Sapucaí”, finaliza.

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