Cerca de metade dos 83 adultos que foram aprovados para um batismo em Viena (Áustria) são muçulmanos, sendo que a maior parte é de países como Iraque, Síria e Afeganistão. As informações foram confirmadas por Friederike Dostal, da Conferência Episcopal Austríaca. Estes números indicam um aumento significativo, consideran que esta mesma taxa era de um terço em 2015.
Embora o número de refugiados no país tenham afetado os números deste ano, o tempo de preparação para o batismo é de um ano, por isso os números devem ser ainda maiores em 2017.
A Arquidiocese de Viena está lidando com cerca de cinco a 10 pedidos de batismo, feitos por adultos a cada semana.
A conversão do islamismo para o cristianismo não é uma decisão simples e pode ter implicações sérias.
"Esta poderia ser a minha sentença de morte", disse Christoph, um refugiado idoso do Afeganistão, que vive em Viena desde 2012.
Falando ao site austríaco 'Kurier', ele preferiu não ser identificado e pediu que apenas o seu primeiro nome seja citado, para evitar o reconhecimento - tanto por sua causa, quanto por sua família que ainda permanece no Afeganistão.
Descrevendo sua conversão, ele disse: "Um amigo me trouxe uma Bíblia do Paquistão. Eu li tudo em segredo, sozinho em casa, mas eu eu a leio todos os dias".
"O sigilo é fundamental no Afeganistão", disse ele. "Quem se converte [a outra religião que não seja o islaismo] está condenado à morte".
Christoph ainda foi torturado pelo Taleban antes de fugir de seu país. Agora, em Viena, ele disse que se sente menos seguro devido ao afluxo de refugiados.
"Na Áustria, já me senti seguro como convertido, mas isso tem mudado devido ao forte movimento de migração", disse ele. "Os bairros de refugiados podem ser perigosos, o que dissuade muitos deles".
Apesar dos perigos, ele disse: "O cristianismo nos traz a verdade, não há como voltar atrás para mim".
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