Número de recuperados do coronavírus é maior que o de internados, diz Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou pela primeira vez o número de pessoas recuperadas do vírus no Brasil.

Fonte: Guiame, com informações da ExameAtualizado: quarta-feira, 15 de abril de 2020 às 14:59
Ex-combatente da Segunda Guerra Mundial Ermando Armelino Piveta, de 99 anos, se recuperou do coronavírus. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Ex-combatente da Segunda Guerra Mundial Ermando Armelino Piveta, de 99 anos, se recuperou do coronavírus. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

O Ministério da Saúde divulgou pela primeira vez o número de pacientes recuperados do coronavírus no Brasil. Até a última terça-feira (14), foram registradas 14.026 pessoas recuperadas, o que representa 55% de todos os casos já confirmados no país.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis ressaltou que o critério para notificar os casos recuperados do coronavírus será igual ao adotado por todos os outros países do mundo que divulgam essa informação: a partir dos casos confirmados.

“Eu só posso falar em paciente recuperado, a partir de paciente que eu confirmei que teve coronavírus. Não posso falar em recuperação de assintomáticos”, disse ele.

Atualmente, os registros indicam que dos 25.262 casos confirmados até agora 1.532 vieram a óbito. Outros 9.504 ainda estão internados ou aguardando algum exame. Sendo assim, o saldo de recuperados é de 14.026.

O Ministério da Saúde tem evitado usar o termo “curados”, porque há, ainda, uma série de dúvidas sobre o potencial de transmissão e de novas infecções mesmo após desaparecimento dos sintomas.

Apesar do dado positivo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou que o desafio central passa a ser garantir que o sistema de saúde não entre em colapso.

“Se nós tivéssemos na situação ideal, com a quantidade certa de respiradores e de leitos, nós poderíamos estar mais tranquilo em relação a nossa caminhada”, afirmou.

Pesquisadores de todo o mundo continuam seu esforçando para desenvolver tratamentos e elaborar uma vacina que previna o contágio com o vírus. Mas por enquanto, nenhuma evidência encontrada nos estudos é conclusiva.

Melinda Gates, da Fundação Bill & Melinda Gates, estimou nesta semana que o tempo de desenvolvimento de uma vacina seja de 18 meses.

Enquanto isso, testes com medicamentos, como a hidroxicloroquina têm sido feitos e surtido resultados que dão esperanças com relação à possibilidade do remédio ser uma opção segura para o tratamento.

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