O raro fenômeno astronômico conhecido como “Estrela de Belém” ou “Estrela de Natal” poderá ser observado praticamente em todo o mundo após o entardecer nesta segunda-feira (21).
Com o alinhamento de Júpiter e Saturno, os maiores planetas do sistema solar, será possível ver a conjunção a olho nu – serão dois pontos muito brilhantes e próximos, na direção oeste, logo após o pôr do sol.
Segundo astrônomos, a última vez em que Júpiter e Saturno estiveram tão próximos foi em 1623. O fenômeno mais similar, no entanto, ocorreu no século 13, durante a Idade Média, há quase 800 anos.
Uma conjunção com proximidade semelhante a esta acontecerá só em março de 2080.
O fenômeno foi comparado à estrela de Belém, que guiou os magos até o lugar do nascimento de Jesus, conforme o relato do Evangelho de Mateus. Alguns astrônomos acreditam que a estrela apontada pela Bíblia pode também ter sido uma Grande Conjunção de dois planetas.
O astrônomo alemão Johannes Kepler observou uma Grande Conjunção em 1603 e uma Supernova no ano seguinte. Ele calculou que um fenômeno semelhante deveria ter acontecido em 7 a.C, possível data do nascimento de Jesus, segundo historiadores.
“Kepler também acredita que foram as conjunções de Júpiter e Saturno que criaram a Estrela [de Belém]”, disseram astrônomos do Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra, ao tabloide britânico Daily Express. “Esse acontecimento poderia ter significado religioso ou astrológico”.
No entanto, não há consenso entre os astrônomos para apoiar a teoria de que a Estrela de Belém era uma Grande Conjunção.
“A menos que alguma descoberta arqueológica importante e indiscutível seja encontrada para resolver a questão de uma vez por todas, o mistério do que era a Estrela do Natal permanecerá no reino da fé”, disseram os astrônomos da EarthSky, Deborah Byrd e Larry Sessions.
Sinal para o fim dos tempos?
O pastor americano Paul Begley, apresentador do programa da TV “Coming Apocalypse” (“Apocalipse Chegando”, em tradução livre), acredita que a conjunção de dezembro tem ligações proféticas com a Estrela de Belém de 2.000 anos atrás.
“Esse evento celestial é tão raro que [os planetas] estão a 0,1 grau de distância um do outro, criando uma estrela brilhante no céu”, disse Begley em transmissão recente. “Na verdade, é tão brilhante quanto foi a estrela de Belém, quando foi um sinal para o mundo de que Jesus Cristo, o Messias, havia nascido”.
O pastor Begley acredita que Deus criou um “calendário profético” que usa sinais e fenômenos no céu para informar o mundo sobre seus planos. “Isso é tão incrível que às vezes perdemos essas coisas”, disse ele.
Segundo o rabino Mordechai Genuth, eventos celestes têm sido importantes sinais em toda a história da Bíblia.
“O Faraó tinha especialistas em astrologia e astronomia, que avisaram que as estrelas estavam subindo e os filhos de Israel e Moisés em particular não poderiam vencê-lo. Mas ele não levou em conta”, disse o rabino no livro Davar B'ito. “A mensagem da vontade de Deus sobrepujando a natureza foi reforçada de forma poderosa no Mar Vermelho”.
Yosef Berger, o rabino da Tumba do Rei Davi em Jerusalém, acredita que a interpretação das profecias requer uma compreensão completa e adequada da fonte do material.
“Há uma tendência humana para ver o que você gostaria de ver e não o que realmente está escrito, criando uma profecia realizável, e não uma profecia bíblica”, disse Berger ao site Breaking Israel News. “Procurar sinais nas estrelas pode levar uma pessoa à sabedoria, mas também à direção errada”, advertiu.
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