OMS produz manual onde aborda que sexo “não se limita ao masculino ou feminino”

O órgão informa que estará trabalhando no novo manual nos próximos meses, com vários especialistas já participando de sua validação neste mês.

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical Focus e WHOAtualizado: sexta-feira, 5 de agosto de 2022 às 15:38
Capa do manual “Gender mainstreaming for health managers: a practical approach”. (Reprodução/WHO)
Capa do manual “Gender mainstreaming for health managers: a practical approach”. (Reprodução/WHO)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou em seu site informações sobre a atualização do seu manual de integração de gênero para gestores de saúde, publicado inicialmente em 2011.

Segundo o órgão, o manual é um guia fácil de usar destinado a aumentar a conscientização e desenvolver habilidades sobre análise de gênero e planejamento sensível ao gênero nas atividades do setor de saúde.

A nova edição, segundo anunciou o órgão, “aborda como as normas, papéis e relações de gênero afetam os comportamentos e resultados relacionados à saúde, bem como as respostas do setor de saúde”.

Em comunicado, a OMS diz que a atualização se deve a “novas evidências científicas e avanços conceituais sobre gênero, saúde e desenvolvimento”.

De acordo com a organização, “o processo de revisão e atualização se baseará no extenso trabalho já apresentado no manual”, focando em vários aspectos. O primeiro será “atualizar conceitos-chave em torno de gênero”.

Outro objetivos

Eles também têm como objetivo “destacar e expandir o conceito de interseccionalidade, que analisa como as dinâmicas de poder de gênero interagem com outras hierarquias de privilégio ou desvantagem, resultando em desigualdade e resultados diferenciais de saúde para diferentes pessoas”.

Esses fatores de “interseção” incluem “sexo, etnia, raça, idade, classe, status socioeconômico, religião, idioma, localização geográfica, status de deficiência, status de migração, identidade e expressão de gênero, orientação sexual e situação política”.

A órgão, que regula a saúde no mundo, também se concentrará em “ir além das abordagens binárias de gênero e saúde, para reconhecer gênero e diversidade sexual, ou os conceitos de que a identidade de gênero existe em um continuum e que o sexo não se limita ao masculino ou feminino”.

A OMS informa que estará trabalhando no novo manual nos próximos meses, com vários especialistas já participando de sua validação neste mês.

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