Uma onda de violência, causada por gangues e facções criminosas ligadas ao narcotráfico, está abalando o Equador.
A crise já deixou mais de 13 mortos, entre civis e policiais, outros foram sequestrados e 70 pessoas foram detidas. Na terça-feira (9), o presidente Daniel Noboa assinou um decreto, colocando o Equador em estado de exceção.
Nem mesmo as igrejas escaparam da onda de violência. No domingo de manhã (7), um homem foi morto a tiros na entrada de um templo.
O empresário Fabián Aguilar chegou de carro na Missão Cristã Evangélica Pentecostal com sua família. Depois de estacionar, enquanto estava entrando na igreja, criminosos atiraram na sua cabeça.
Apelo de Oração
O crime causou comoção nas redes sociais e cristãos em todo mundo pediram oração pela situação no Equador.
A Aliança Evangélica Latina (AEL) divulgou uma nota, fazendo um apelo de intercessão pelo país.
“Da AEL nos solidarizamos com o povo equatoriano por todos os acontecimentos violentos que estão ocorrendo, que desencadearam a declaração de ‘Estado de exceção’ do presidente Daniel Noboa”, afirmou a organização.
E acrescentou: “Como Aliança promovemos o amor, o respeito, a justiça, a paz e a resolução de todos os conflitos através do diálogo porque a violência nunca é o caminho”.
Facções criminosas
O caos no país começou no início desta semana, após José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, o líder do Choneros, principal facção criminosa do Equador, fugiu da prisão.
Na terça-feira (9), criminosos encapuzados invadiram a sede da emissora TC na cidade de Guayaquil.
Os homens, que estavam armados e com granadas, renderam o apresentador e funcionários durante uma transmissão ao vivo do telejornal El Noticiero.
A Universidade de Guayaquil também foi invadida por homens armados. Imagens divulgadas nas redes sociais e relatos na imprensa local mostram alunos e professores correndo assustados pelo campus, buscando refúgio em salas de aula.
Diante dessa situação, o Ministério da Educação optou por suspender as aulas e as atividades escolares em todo o país até sexta-feira (12).
A extrema violência e o clima de tensão no Equador também levaram ao cancelamento de voos e deixou as ruas vazias e comércio fechado
Violência e tráfico de drogas
O crescimento da violência tem sido vertiginoso no Equador. Em 2022, a taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes foi de 25,9, um aumento significativo em comparação com o índice de 5,8 registrado cinco anos antes, em 2017, que havia atingido o menor patamar em anos.
Situado entre o Peru e a Colômbia, os maiores produtores de cocaína do mundo, o Equador atua como entreposto de exportação para a droga por via marítima.
O país também testemunhou facções internas associando-se ao crime transnacional, especialmente enquanto exerciam domínio nos presídios locais.
Nos últimos anos, o cultivo e a demanda por cocaína alcançaram níveis recordes no mundo, conforme relatado pela ONU, impactando a distribuição e abrindo novas rotas para o narcotráfico.
Apenas em um ano, o Equador registrou a apreensão de 210 toneladas de drogas, também estabelecendo um recorde.
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