A tabeliã cristã Kim Davis foi presa por se recusar a emitir licenças matrimoniais para casais gays.
O Vaticano tentou se esquivar do assunto, mas confirmou o encontro nesta quarta-feira (30). “Não vou negar que o encontro aconteceu, mas não tenho comentários a fazer”, disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Staver, que também é fundador do Conselho da Liberdade, disse à CBS News que os dois se reuniram na quinta-feira (24), na embaixada do Vaticano, em Washington.
"Staver disse que o papa Francisco conversou com Davis em inglês e pediu que ela orasse por ele. Em troca, Davis pediu ao papa para orar por ela. O papa disse a ela para ficar forte, de acordo com seu advogado. Staver disse que o papa também deu a Kim e a seu marido alguns rosários que ele benzeu", informou a CBS.
Dentro do que Davis compreendeu, o pontífice também agradeceu a ela pela coragem que demonstrou. "Não havia um intérprete. 'Obrigado por sua coragem', o papa Francisco me disse. Eu disse: 'Obrigado, pai santo'. Eu tinha perguntado a um monsenhor antes qual era a maneira correta de saudar o papa, e se seria adequado para mim para abraçá-lo, e ele me disse que não tinha problema", publicou Davis.
"Eu abracei ele e ele me abraçou de volta. Foi um momento extraordinário. 'Fique forte", disse ele para mim. Então ele me deu um rosário como um presente, e deu também para o meu marido, Joe. Eu rompi em lágrimas. Fiquei profundamente comovida", continuou.
Staver também disse que o Vaticano tem possui as fotos da reunião. Mas na ocasião, Ciro Benedettini, assessor de imprensa da Santa Sé, disse que "o Vaticano não poderia confirmar nem negar isso."
Kim Davis foi presa por cinco dias em setembro por se recusar a acatar uma ordem judicial para emitir licenças para casamentos de pessoas do mesmo sexo de acordo com a ordem da Suprema Corte, devido à sua fé cristã.
"Conflitos morais da lei de Deus com os meus deveres do trabalho", Davis disse. "Você não pode ser separada de algo que está em seu coração e sua alma."
No entanto, quando Francisco foi questionado sobre Davis
durante o voo de volta para Roma, ele disse que não tinha conhecimento dos detalhes por trás do caso. Ainda assim, o pontífice disse que a "objeção de consciência é um direito humano", e acrescentou que Davis deve ser permitido o direito de seguir sua consciência.