Pastor e esposa são mortos pelo filho; jovem deixou mensagens satânicas e se matou

O estudante de Medicina, Guilherme Heringer Cesar, de 22 anos, esfaqueou os pais no apartamento da família, em Vilha Velha (ES).

Fonte: Guiame, com informações da Folha Vitória e A GazetaAtualizado: quinta-feira, 5 de agosto de 2021 às 13:49
 Na cena do crime, a polícia encontrou uma série de mensagens satânicas (Foto: Reprodução/TV Gazeta).
Na cena do crime, a polícia encontrou uma série de mensagens satânicas (Foto: Reprodução/TV Gazeta).

O pastor e médico urologista Paulo Oliveira Cesar, de 68 anos, e a esposa Raquel Heringer Cesar, de 61, foram mortos a facadas pelo próprio filho no apartamento da família na madrugada desta quarta-feira (4), em Vila Velha (ES). Segundo a Polícia Civil, o estudante de Medicina, Guilherme Heringer Cesar, de 22 anos, assassinou os pais e cometeu suicídio em seguida.

Conforme a cena do crime, a perícia acredita que o casal estava dormindo em quartos separados e a mãe foi atacada primeiro enquanto dormia, com uma facada no pescoço. O pai teria ouvido o barulho e tentou correr para o banheiro, mas foi golpeado várias vezes e morreu.

Segundo as investigações, depois disso, Guilherme telefonou para um parente e afirmou que havia cometido uma “besteira”. Por volta das 4h, o estudante teria se matado.

Durante a perícia de mais de 2 horas no apartamento da família, os policiais encontraram uma série de mensagens satânicas escritas, em vermelho, numa Bíblia e nas paredes. Em uma página do livro de Apocalipse havia uma mensagem escrita “ele me obrigou”. Em duas portas e numa parede foram desenhados os números 666.

Também foram encontrados o desenho de um crucifixo, um pentagrama e o versículo de Apocalipse 12.12: “Festejai ó céus, o diabo desceu até vós, pouco tempo lhes resta”.


Na cena do crime, a polícia encontrou uma série de mensagens satânicas (Foto: Reprodução/TV Gazeta).

“Guilherme cresceu na igreja”

Simonton Araújo, líder da Igreja Missão Praia da Costa, onde a família congregava e Paulo atuava como pastor, contou que o jovem suspeito de assassinar os pais cresceu na igreja junto com a irmã e costumava frequentar a congregação.

O pastor Simonton afirmou que conhecia Paulo Oliveira há 40 anos e que além de serem companheiros de ministério, eram muito amigos.

“Na igreja ele era muito ativo e tão querido. Não só pelos evangélicos, mas também pelos católicos, pelos pacientes, por todos os que conheciam. Estamos todos sem chão”, relatou à A Gazeta.

Ao ser questionado sobre ter notado algum comportamento suspeito na família, que indicasse uma possível tragédia, o pastor assegura que não. "Na semana passada, nós conversamos durante duas horas e não havia nada de incomum. Estava tudo bem. Se tivesse algo, ele teria me contado", disse Simonton

E a respeito de um possível envolvimento de Guilherme com uma seita, o líder também afirmou que o pai em nenhum momento falou sobre o assunto.

"Ele (pastor Paulo) nunca comentou sobre o filho participar de uma seita. Se ele soubesse, teria me falado. Tenho plena certeza de que ele não sabia de nada, pois conversávamos sobre tudo", explicou à Folha Vitória.


O pai, Paulo Oliveira César, atuava como pastor na Igreja Missão Praia da Costa, onde a família congregava. (TV Gazeta).

O pastor Simonton relatou que ligou para a filha do casal, Renata Heringer, que mora no Canadá, nesta quarta-feira (04), para oferecer sua assistência. "Falei com a filha, e ela, assim como todos nós, ficou sem chão com a notícia. Ela vai tentar chegar aqui no Brasil a tempo para o velório", contou.

O caso foi um choque para os fiéis da Igreja Missão Praia da Costa. Simonton destacou que em nenhum momento percebeu indícios de que algo trágico poderia acontecer.

"Existem coisas que não podem ser explicadas. Foi uma fatalidade que eu, ainda há pouco, estava pensando: a nossa tendência é procurar uma explicação, mas chega uma hora que não há. Não houve nada na nossa caminhada que levasse a isso", afirmou.

Diante da tragédia, o pastor Simonton diz que tem encontrado consolo em sua fé em Cristo Jesus.

“Nós cremos em Jesus, na ressurreição. A saudade dói muito, mas não dura para sempre, ela tem um fim. É hora de chorar, mas é um choro com esperança porque cremos que vamos nos reencontrar. Estamos todos consternados, mas ao mesmo tempo, segurando na cruz de Cristo para podermos ter força”, disse à A Gazeta.

De acordo com A Gazeta, uma pessoa próxima da família, que preferiu não ser identificada, disse que Guilherme passou por distúrbios mentais sérios durante a pandemia e fazia tratamento com profissionais. Ela pediu que o momento de dor que estão passando seja respeitado por todos.

 

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