O pastor e coordenador da Marcha para Jesus em Barinas, na Venezuela, foi preso no último sábado (12) enquanto realizava o evento na cidade, segundo informações do site Infobae.
O pastor José Albeiro Vivas, que também é major da Força Aérea Venezuelana, foi detido pela Direção-Geral de Contra-Inteligência Militar (DGCIM) logo após o discurso de abertura da Marcha para Jesus.
No início da Marcha, que acontece há 13 anos a cada dia 12 de outubro nas principais cidades do país, Vivas declarou a liberdade espiritual para a Venezuela usando seu uniforme militar. Foi o suficiente para acreditarem que ele estava se referindo ao governo de Nicolás Maduro.
“Neste dia 12 de outubro, todos vamos juntos adorar a Deus; adoração pública ao Rei dos reis e Senhor dos senhores. Marcha para Jesus, Barinas 2019, Parque da Federação, 11 da manhã. Convido todo o povo cristão. Sei que Deus está fazendo grandes coisas em Barinas e na Venezuela e o lema deste ano é: ‘Venezuela, chegou a hora da sua liberdade’. Chegou a hora da liberdade. E quem escolher a liberdade, será verdadeiramente livre. Deus abençoe vocês. Obrigado”, disse o pastor no discurso.
O Ministério Público Militar, encarregado da primeira tenente Luisana Osorio, acusou Vivas pelo “uso indevido de condecorações, distintivos e títulos militares, assim como desobediência”. Ele foi levado para a sede por funcionários da DGCIM a mando do comissário Kassen Pérez.
A liberdade de culto é garantida pela Constituição da Venezuela, que destaca que todos têm o direito de “expressar suas crenças em locais privados ou públicos”. Vivas também tem o direito perfeito de usar o uniforme porque é um militar ativo.
O pastor José Albeiro Vivas (à esquerda) também é major da Força Aérea Venezuelana. (Foto: Reprodução/Facebook)
“É absurda a decisão do DGCIM de detê-lo e, mais ainda, do Ministério Público em imputá-lo”, diz a publicação do Infobae. “Não se pode argumentar que o oficial esteja usando o uniforme em um ato religioso quando, alguns dias atrás, na celebração da Virgem do Vale em Margarita, os militares [católicos] prestaram homenagem a suas crenças religiosas, vestindo uniformes, distintivos e condecorações, como costumam fazer em cada um dos eventos religiosos que eles querem”.
O que viola a Constituição da Venezuela, na realidade, é a militância política — o que não foi promovido por Vivas. Por outro lado, é comum ver altos oficiais venezuelanos usando seus uniformes em discursos políticos “profundamente chavistas”, observa a publicação.
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