Pastores, líderes e juristas cristãos se reuniram nesta quarta-feira (19) para prestar apoio a Igreja Presbiteriana Renovada de Aracaju, que foi acusada de homofobia por se recusar a batizar um homossexual no último domingo (15).
Estiveram presentes pastores de diversas denominações de Aracaju, representantes da Frente Parlamentar Evangélica, da Umese (União dos Ministros Evangélicos do Estado de Sergipe) e da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos), informou um dos pastores da igreja, Jeter Josepetti Andrade.
“Dezenas de pastores de denominações de toda grande Aracaju, reunidos como uma só igreja e um só povo, se encontraram nesta manhã e experimentaram uma presença poderosa da parte de Deus”, disse o pastor Jeter no Instagram.
“Todos foram incendiados pelo Espírito Santo, empoderados e capacitados para cumprir aquilo que Deus estabeleceu à sua igreja. Nada e ninguém pode parar a igreja que se une em prol da cultura do Reino dos Céus, em nome de Jesus”, acrescentou o pastor.
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De acordo com Jeter, todos os líderes presentes terminaram a reunião juntos no altar, “de joelhos e rendidos a Deus, orando pelo Brasil, Sergipe e Aracaju, crendo que Ele tem um tempo novo e surpreendente para todos.”
No Instagram, o pastor e deputado federal Marco Feliciano também se manifestou em apoio à igreja Família Renovada: “Eu espero que esse caso seja devidamente esclarecido e tornado sem efeito”, disse ele nesta quarta.
“Eu faço questão de frisar que nós evangélicos, nós cristãos, não temos preconceito contra ninguém. Cada um forma a família como desejar. O que não aceitamos é tentarem trazer para dentro da igreja valores que se opõem aos nossos princípios, aos princípios cristãos bíblicos”, acrescentou o parlamentar.
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Sobre o caso
O fotógrafo João Pedro Poderoso, que estava no culto com seu marido, o cabeleireiro Jadson Santana, estava entre aqueles que pretendiam ser batizados na Igreja Presbiteriana Renovada de Aracaju.
Em entrevista ao G1, João Pedro disse que aguardava ser chamado para o batismo, quando foi chamado para conversar com o pastor de forma privada.
“Eu fui chamado por um líder e levado a uma sala, onde ele me informou que o pastor gostaria de falar comigo e chegando lá, ele me informou que eu não poderia ser batizado porque eu era homosexual e casado com outro homem”, disse João Pedro.
Em uma nota pública divulgada na segunda-feira (16), a Igreja Família Renovada explicou que para ser batizado e se tornar membro da igreja, os congregados ou visitantes passam pelo curso “Primeiros Passos”, onde conhecem os ensinamentos da Palavra de Deus e as normas da denominação.
A igreja esclareceu ainda que comunicou João Pedro sobre a impossibilidade de seu batismo “de modo reservado, em espaço privativo, na secretaria da igreja, sem publicização do mesmo, ou mesmo das razões do impedimento, com vistas a evitar qualquer tipo de constrangimento.”
João Pedro e Jadson registraram um Boletim de Ocorrência no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), da Polícia Civil de Sergipe, que passou a investigar o caso.
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