Pastores fazem orações e apelo em manifestações de 7 de setembro: “Pela liberdade”

Em defesa da liberdade, inclusive religiosa, pastores e cristãos vãos às ruas no dia da Independência do Brasil.

Fonte: Guiame, Adriana BernardoAtualizado: terça-feira, 7 de setembro de 2021 às 21:58
Manifestantes participam de ato na Esplanada dos Ministérios. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)
Manifestantes participam de ato na Esplanada dos Ministérios. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)

O Brasil completou neste “7 de setembro”, 199 anos de sua independência. A data é comemorada anualmente com desfiles cívicos e apresentações que remetem à importância do ato, concretizado por D. Pedro I. Pelo seu simbolismo, o dia é marcado por orações pelo país.

Neste ano, um novo ingrediente foi adicionado às comemorações, em todas as capitais houve manifestações populares ao ar livre, que tomaram pontos de destaque nas principais cidades. Em São Paulo, os eventos aconteceram na Avenida Paulista, palco praticamente fixo de atos públicos; no Rio de Janeiro, a orla de Copacabana foi o cenário dos encontros; em Brasília, toda a Esplanada dos Ministérios e outros pontos da capital federal ficaram tomados de populares.

Milhões de pessoas saíram de suas casas com um forte apelo por “democracia, respeito à Constituição Federal e às liberdades”. Os discursos giraram em torno dessas pautas, para muitos, ameaçadas no país, que se encontra polarizado politicamente.

De acordo com comentaristas políticos, essas foram as maiores manifestações populares no país até hoje. Famílias inteiras saíram às ruas, levando seus idosos e crianças, pintado de verde e amarelo os locais onde as manifestações aconteceram. Com isso, a ideia era mostrar que os eventos seriam pacíficos, como de fato, foram, de acordo com notícias veiculadas.

Bandeiras do Brasil desfilaram nas mãos e sobre os ombros das pessoas, em alusão ao real motivo dos eventos: respeito à Nação e à Constituição que garante liberdade aos cidadãos.

Lideranças cristãs

Os atos mobilizaram de forma quase que unânime a liderança evangélica brasileira, que ao longo dos dias que antecederam o feriado de “7 de Setembro”, fizeram manifestações pelas redes sociais e até convocações para que as pessoas saíssem para orar pelo Brasil. A principal recomendação era para que todos se manifestassem de forma ordeira e de forma cívica.

Em Brasília, diversos pastores estiveram com o presidente da República antes mesmo das manifestações. Eles se reuniram com Jair Bolsonaro para orar pelo chefe da nação.

 

Presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo (CPESP), o Pr. Edson Rebustini postou uma foto ao lado do chefe do Executivo, com quem esteve na véspera do feriado, lembrando que três anos anteriores o presidente havia sofrido um atentado. O líder da Igreja Bíblica da Paz, participou das manifestações em Brasília e na Avenida Paulista.

Em Belo Horizonte, o Pr. Jorge Linhares, da Igreja Batista Getsêmani, esteve ao lado do Pr. Jabes Alencar e outras lideranças locais para orar pelo país. “BH mostrou hoje para o Brasil que vamos lutar por nossa liberdade! Brasil acima de tudo e Deus acima de todos!”, declarou.

Pastor de Jovens na Igreja Batista da Lagoinha, Lucinho Barreto escreveu em seu Instagram: “O Brasil é de Jesus e nenhum togado vai bancar de rei dessa nação! SUPREMO É JESUS!”.

No Rio, o Pr. Josué Valandro, da Igreja Batista Atitude, disse que a Praia de Copacabana estava “lotada pela liberdade de opinião, de religião, de expressão, de voto limpo aditável e limpo! Pelo respeito entre os poderes e à Constituição Federal!”.

Manifestação na avenida Paulista marca feriado de 7 de setembro. (Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press / Estadão Conteúdo)

Um dos líderes evangélicos mais atuantes nas redes sociais, Silas Malafaia disse que as manifestações tinham como principal objetivo defender a Constituição. Ele esteve em Brasília, onde fez uma oração na Esplanada dos Ministério, ao lado do presidente. Na parte da tarde, Malafaia esteve em São Paulo, onde gravou imagens da Avenida paulista lotada.

Ao lado de figuras como o ex-senador Magno Malta, o apóstolo César Augusto, da Igreja Fonte da Vida, e do Pr. Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o presidente Bolsonaro discursou na Paulista durante 20 minutos. Em sua fala, reafirmou que “só Deus” o tira da presidência.

Em seu discurso, o presidente criticou as ações de alguns governadores e prefeitos na gestão da pandemia. “Ignoraram a Constituição, tolheram a liberdade de expressão, o direito de ir e vir, o direito de trabalhar e de frequentar os templos religiosos para suas orações”, descreveu.

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