Pastores oram com condenados à morte antes da execução nos EUA

Muitos condenados têm a oportunidade de receber o perdão de Deus antes de morrer.

Fonte: Guiame, com informações da AP NewsAtualizado: sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023 às 12:41
Corredor de uma prisão. (Foto: Ilustração/Matthew Ansley/Unsplash)
Corredor de uma prisão. (Foto: Ilustração/Matthew Ansley/Unsplash)

Quase 1.600 pessoas foram executadas nos Estados Unidos desde o final da década de 1970. As execuções acontecem há anos entre os presos no Missouri (EUA). Os condenados são amarrados sozinhos em uma maca na sala específica para as ações, e através de um vidro à prova de som, as testemunhas assistem pessoas não identificadas injetando um produto químico letal nos indivíduos.

A Suprema Corte americana exigiu em março do ano passado que os estados permitam que pastores se juntem a presidiários condenados em seus momentos finais, onde é permitido que eles se toquem para orar juntos. Em todo o país, conselheiros espirituais estiveram ao lado de 15 das 19 pessoas que foram executadas desde a decisão.

Segundo a AP News, em novembro de 2022, o reverendo Darryl Gray acompanhou duas execuções e pode orar, para que eles tivessem o perdão de Deus. Ele segurou a mão de um deles, proporcionando conforto, mesmo quando o preso expressou que algo estava lhe causando dor.

“No final de suas vidas, eles conseguiram encontrar uma paz que não poderiam encontrar em nenhum outro momento, e isso foi importante”, disse o reverendo.

Os estados tinham leis e regras variadas 

Em 2021, o Texas autorizou os pastores a estar presentes nas execuções, mas eles não podiam tocar o preso, nem falar com eles. 

Em outubro de 2022, o reverendo Dana Moore colocou a mão no peito de um preso e orou: “Olhe para Jesus com sua graça. Que Ele lhe de paz”, e o homem respondeu antes de morrer:  “Amém”.

Em Oklahoma (EUA), alguns presos usaram seus momentos finais para se arrepender e pedir perdão. 

Don Heath, outro reverendo que também teve a oportunidade de transmitir a paz de Cristo a um detento, compartilhou com o The Oklahoman, jornal diário da cidade, as últimas palavras do homem: “Deus, me perdoe pelo meu pecado” e o pastor declarou: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, seus pecados estão perdoados”.

A experiência do pastor Darryl Gray

Darryl Gray, 68, é pastor da Igreja Batista Missionária Greater Fairfax em St. Louis (EUA). Ele esteve envolvido no ministério da prisão por muitos anos.

O pastor Darryl conheceu Kevin Johnson, condenado à morte por matar um policial em 2005, quando ainda tinha 19 anos, três meses antes de sua execução e ficou impressionado com a forma dele assumir a responsabilidade por seu crime. 

Johnson foi batizado e levou a sério seu estudo da Bíblia. De acordo com a AP News, a passagem favorita dele era a história do ladrão na cruz ao lado de Jesus, no livro de Lucas. O ladrão se arrependeu e Jesus respondeu: “Em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso”.

A execução ocorreu em 29 de novembro de 2022, e pela última vez Johnson se arrependeu e o pastor disse que Deus o perdoou, com a mão no ombro dele. O pastor afirmou que podia sentir o produto químico pulsando na corrente sanguínea de Johnson. Ele continuou orando enquanto o preso deu algumas respirações finais e depois ficou em silêncio.

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