Peru elimina o uso de linguagem inclusiva em livros escolares

A deputada Milagros Jáuregui afirmou que a iniciativa foi promovida por grupos feministas que querem influenciar as crianças a usar palavras inadequadas.

Fonte: Guiame, com informações do Infobae e Evangelico DigitalAtualizado: quinta-feira, 30 de março de 2023 às 19:16
Crianças da educação básica na escola. (Foto: Reprodução/Flickr/Gutierrez/CIFOR)
Crianças da educação básica na escola. (Foto: Reprodução/Flickr/Gutierrez/CIFOR)

A Comissão de Educação do Congresso da República do Peru aprovou nesta terça-feira (28), um Projeto de Lei para eliminar a linguagem inclusiva em livros didáticos e garantir que as crianças sejam educadas com o uso correto da linguagem.

A proposta de n° 3464/2022-CR, apresentada pela deputada Milagros Jáuregui, chama-se “Lei que especifica o uso correto da linguagem inclusiva evitando a separação da linguagem para referir-se a homens e mulheres nos manuais escolares” e pretende modificar a Lei da igualdade entre homens e mulheres.

Segundo o site Evangélico Digital, essa questão faz parte da preocupação com a formação das crianças, já que, na última prova do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) de 2018, o Peru ficou em 64º lugar entre 77 países em compreensão de leitura.

Da mesma forma, o Ministério da Educação é responsável por implementar esta ordem na confecção de livros escolares na educação básica, de acordo com as diretrizes da Real Academia da Língua Espanhola.

A deputada Milagros informou: “Isso não é apenas impróprio, mas é criticado por autoridades linguísticas em nosso país e no exterior”. 

“Nosso Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, apontou que: A chamada linguagem inclusiva é uma espécie de aberração dentro da linguagem, que não vai resolver o problema da discriminação contra as mulheres, que, se devemos combatê-la , mas de uma forma realmente eficaz”, justificou ela.

Feministas foram citadas no caso

De acordo com o site de notícias Infobae, o apoio do projeto de lei da deputada diz que o uso de linguagem inclusiva é promovido por feministas que buscam que crianças em idade escolar usem palavras de forma inadequada. 

“Não distorcemos a linguagem para cumprir agendas feministas que acreditam erroneamente que estão lutando pela igualdade dessa forma”, disse a deputada Milagros.

“Esta iniciativa nasceu como uma solução alternativa à tendência cada vez maior de abuso da linguagem, com a falsa crença de que isso dará mais direitos às mulheres ou que a discriminação terminará se os homens forem forçados a fazê-lo”, acrescentou.

Em seu perfil no Twitter, a deputada Flor Pablo escreveu sobre o projeto de lei:

“Devemos dizer homens e mulheres, meninos e meninas”, declarou ela. 

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