A polícia belga capturou um suspeito que carregava o que uma emissora disse que era uma mala cheia de explosivos na última sexta-feira (25), depois de atirar na perna dele, durante uma grande operação policial, que seguiu os atentados suicidas da última terça-feira em Bruxelas (Bélgica).
O escritório do promotor federal disse que esta prisão e outras três executadas em Bruxelas na sexta-feira têm ligação com prisão em Paris, no dia anterior, de um islamita condenado na Bélgica no ano passado e suspeito de planejar um novo ataque.
Ao total, nove pessoas foram presas desde quinta-feira na Bélgica e duas na Alemanha, enquanto autoridades europeias acreditam que estes militantes tenham ligação tanto com os ataques de Bruxelas, que mataram 31 pessoas, como com os ataques em Paris em novembro passado, que mataram 130.
Policiais fortemente armados e tropas com caminhões isolaram uma área em torno de uma grande interseção ao norte de Schaerbeek, em Bruxelas. Três explosões podiam ser ouvidas, mas o prefeito local Bernard Clerfayt disse que foram "explosões controladas".
A emissora pública belga, RTBF citou Clerfayt, dizendo que o suspeito foi detido após ser ferido e que ele estava ligado aos atentados suicidas de terça-feira, em Bruxelas. Ele disse que homem tinha sido encontrado com uma mala cheia de explosivos.
Testemunhas disseram à mídia local que a polícia tinha atirado na perna do homem que aguardava em um ponto de bonde, depois que ele não atendeu às ordens dos oficiais. Uma testemunha disse à RTBF que o homem tinha uma menina de cerca de oito anos de idade com ele.
"Eu ouvi duas explosões, eles estavam atirando. Abri a janela e vi um homem deitado perto do ponto do bonde. A polícia ordenou-lhe para mostrar suas mãos, tirar o casaco. Eles disseram que, se ele não cumprisse, usariam seu armas", disse uma testemunha que vive nas proximidades ao jornal La Libre.
O vídeo da cena mostrou o homem deitado de lado, e o vidro que cobria o ponto do bonde elétrico esmagado por balas a seus pés. Um robô do esquadrão da morte se aproximou do homem ferido, verificando se havia explosivos.
Suicidas do Estado Islâmico atingiram o aeroporto de Bruxelas e um trem do metrô na última terça-feira, no pior ataque desse tipo na história belga. Os investigadores acreditam que esses ataques foram realizados pela mesma célula responsável pelos ataques com armas e bombas de Novembro, em Paris.
A promotoria federal belga disse que seis pessoas já foram presas em Bruxelas, na quinta-feira, dos quais três foram libertados e três foram colocados em prisão preventiva para possíveis acusações.
Três outros foram detidos na última sexta-feira, na sequência da detenção de Reda Kriket, na França, um francês de 34 anos, condenado a 10 anos de prisão em Bruxelas, por fazer parte de uma rede de recrutamento islamita, chamado de Conexão Síria.
A revista alemã Der Spiegel disse que a polícia alemã prendeu duas pessoas, um dos quais tinham recebido mensagens de telefone com o nome da estação de metô bombardeada e a palavra "fin" - termo francês para "fim" - três minutos antes da explosão do metrô. O Ministério do Interior alemão se recusou a comentar o caso.
Uma pessoa familiarizada com a investigação na Bélgica, disse que uma das pessoas presas seria o cúmplice gravado na câmera de segurança com o homem-bomba da estação de metrô.
"Temos fortes indícios de que este é o suspeito que foi caçado nos últimos dois dias. A identificação ainda está em curso", disse a fonte. No entanto, a pessoa disse que os que foram presos antes do meio-dia na sexta-feira não incluíam um terceiro suspeito visto no vídeo ao lado dos dois que se explodiram no aeroporto.
Treinamento terrorista
Oficiais de inteligência iraquianos e europeus e um parlamentar francês estão alertando que o grupo terrorista Estado Islâmico está administrando campos no Iraque, Síria e até mesmo no antigo bloco soviético, onde militantes são treinados para conduzir ataques mortais em áreas estratégicas no Ocidente. Mais de 400 militantes treinados têm sido enviados para realizar novos ataques na Europa.
Segundo o relatório, os lutadores são divididos em grupos semi-autônomos e interligados. Após o treinamento, esses grupos são implantados em ondas e ordenados a escolher o tempo, lugar e modo que eles acreditam que seja melhor para infligir mais dor e danos às vítimas.
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