Policial é suspenso por opinião sobre união gay: “Deus projetou o casamento”

Jacob Kersey, de 19 anos, foi investigado por compartilhar suas crenças no Facebook. Ele se demitiu, após se sentir pressionado.

Fonte: Guiame, com informações de Fox NewsAtualizado: segunda-feira, 30 de janeiro de 2023 às 20:06
Após ser investigado e se sentir pressionado, Jacob Kersey pediu demissão, nos EUA. (Foto: Jacob Kersey/Fox News).
Após ser investigado e se sentir pressionado, Jacob Kersey pediu demissão, nos EUA. (Foto: Jacob Kersey/Fox News).

Um policial na Geórgia, nos Estados Unidos, foi suspenso por compartilhar seu posicionamento cristão sobre união homoafetiva nas redes sociais.

No dia 4 de janeiro, Jacob Kersey, do Departamento de Polícia de Port Wentworth, foi colocado em licença administrativa remunerada, após se recusar a apagar uma postagem no Facebook, onde defendeu a visão bíblica do casamento.

Kersey escreveu no post: “Deus projetou o casamento. Casamento refere-se a Cristo e à igreja. É por isso que não existe casamento homossexual”.

Depois de uma reclamação anônima sobre a postagem de Jacob, o Departamento de Polícia iniciou uma investigação de seu comportamento nas mídias sociais.

Na carta de notificação ao policial, o major Bradwick Sherrod afirmou que, embora a investigação não tenha encontrado evidências suficientes de violação de alguma política do departamento, suas postagens poderiam levantar dúvidas sobre a imparcialidade de sua atuação como policial.

Investigado

"Conforme discutimos anteriormente, lembre-se de que, se qualquer postagem em qualquer uma de suas plataformas de mídia social, ou qualquer outra declaração ou ação, o tornar incapaz de realizar e ser visto como capaz de realizar seu trabalho de maneira justa e maneira equitativa, você pode ser rescindido", disse o major

O superior ainda lembrou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal na Geórgia e nos EUA, após a decisão da Suprema Corte de 2015.

Se sentindo pressionado, Jacob Kersey pediu demissão no dia 18 de janeiro. Ele revelou que percebeu que poderia ser demitido por compartilhar sua fé.


A carta de notificação enviada a Jacob Kersey. (Foto: Jacob Kersey/Fox News).

“Não fiz nada de errado e eles me disseram isso. Essa é a razão pela qual eles não me demitiram. Eles queriam que eu voltasse ao trabalho, mas estavam tentando criar uma nova política do departamento que me impedisse de dizer qualquer coisa que alguém em algum lugar pudesse considerar ofensivo”, declarou Jacob.

E acrescentou: “Não me sentia confiante de que, se fosse para as ruas e fizesse cumprir a lei, meu estado-maior me apoiaria. É um trabalho muito perigoso fazer isso. E não achei sensato voltar a trabalhar nessas circunstâncias”.

Sem liberdade de expressão

O policial foi informado que seria permitido que ele postasse apenas citações da Bíblia, mas não a interpretação delas.

"Esse é um precedente tão perigoso: se você está de folga em seu próprio tempo, pode dizer qualquer coisa - até mesmo algo religioso, até mesmo algo na igreja - se alguém em algum lugar se ofender, você pode ser demitido por isso", alertou Kersey.

Segundo Jacob, ele decidiu ser policial porque durante sua infância em um lar conturbado foi ajudado muitas vezes pelos oficiais. "Fez uma grande diferença em minha vida desde muito jovem", comentou.

“Entrei para a polícia e, por mais de oito meses, só ouvi falar bem do meu trabalho. As pessoas só tinham coisas boas a dizer sobre meu trabalho como policial”.

Jacob afirmou estar preocupado que outros policiais sofram punições devido às novas políticas.

"Na América, a maioria de nós não será chamada a enfrentar a morte física por nossas crenças", observou ele. 

"Mas podemos ser chamados para enfrentar a morte de nossos sonhos, podemos ser chamados para enfrentar a morte de nossa reputação, ou podemos ser chamados para que outras pessoas pensem mal de nós. Mas o importante é o que Deus pensa de nós”, concluiu.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições