Prefeitos progressistas pedem US$ 1,5 bi para resolver epidemia de drogas de seus governos

Cidades americanas como Seattle, Portland, Filadélfia e São Francisco vivem epidemia de drogas surgida em governos progressistas.

Fonte: Guiame, com informações da Vice News e Fox NewsAtualizado: segunda-feira, 27 de novembro de 2023 às 15:03
Em 2021 mais de 100.000 americanos perderam a vida por overdose de drogas. (Captura de tela/YouTube/Vice News)
Em 2021 mais de 100.000 americanos perderam a vida por overdose de drogas. (Captura de tela/YouTube/Vice News)

Os líderes das câmaras nas principais cidades norte-americanas controladas pelos Democratas, partido considerado progressista, são alguns dos que buscam financiamento público para lidar com a grave epidemia das drogas.

O ano de 2021 foi o pior com mais de 100.000 americanos perdendo a vida devido a overdoses de drogas. A mais recente fase da crise de overdoses está relacionada a substâncias químicas sintéticas, incluindo tranquilizantes para animais, que estão sendo misturados com fentanil para criar drogas de rua mais letais e viciantes.

Segundo o apresentador de rádio Jason Rantz, embora muitos prefeitos progressitas tenham implementado políticas radicais que contribuíram para a ampliação da epidemia das drogas, agora eles estão desesperados para obter recursos capazes de mitigar (não eliminar) o problema.

Em uma carta assinada por 38 presidentes de câmara, incluindo aqueles de cidades como Seattle, Portland, Filadélfia e São Francisco, os membros do Congresso são solicitados a aprovar o pedido de orçamento suplementar enviado pelo presidente Joe Biden.

O apelo é em grande parte baseado em comunicados de imprensa da Casa Branca, que argumentam que os US$ 1,5 bilhão em subsídios destinados às localidades por meio da Resposta Estadual aos Opioides do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, diz Rantz.

Segundo o apresentador, a alegação para o recurso bilionário é que ele possibilitará enfrentar de maneira eficaz uma crise de drogas, impulsionada principalmente pelo fentanil que chega aos EUA pela fronteira sul, que é mais vulnerável.

‘Uma fachada’

Declaradamente conservador, Rantz diz que, “no papel, o financiamento parece nobre. O objetivo é expandir o acesso aos serviços de apoio à recuperação. Mas muito do que a esquerda defende parece melhor do que a realidade”.

Em seu livro “What's Killing America: Inside the Radical Left's Tragic Destruction of Our Cities” (O que está matando a América: por dentro da trágica destruição das nossas cidades pela esquerda radical, em tradução livre), Rantz diz que as propostas progressistas são muitas vezes uma fachada. “Quando você souber como decodificar seus chavões, poderá compreender melhor e neutralizar suas políticas destrutivas”.

O escritor diz que o financiamento almejado reforçaria estratégias de “redução de danos”, que a esquerda radical descreve como “baseadas em evidências”.

Usuários preparam drogas nas ruas das cidades americanas. (Captura de tela/YouTube/Vice News)

“Muitas vezes, faz pouco mais do que capacitar os toxicodependentes, distribuindo parafernália de drogas como cachimbos de fentanil, agulhas limpas e kits para ‘boot-bumping’, sob o pretexto de reduzir os danos”, afirma.

"Booty-bumping" é uma gíria que se refere à prática de administrar drogas, geralmente estimulantes, através da membrana mucosa do reto.

“A eficácia destas medidas é, na melhor das hipóteses, duvidosa”, diz Rantz. “Tomemos como exemplo Seattle, onde as autoridades sugerem que a oferta de produtos para fumar pode abrir portas ao tratamento – uma afirmação que não podem apoiar. Ainda mais chocante é a admissão do Projeto de Educação sobre a Hepatite: o objetivo não é afastar os toxicodependentes das drogas, mas apoiar a sua autonomia no uso de drogas”.

Segundo o escritor, nem Seattle nem Portland demonstraram interesse em acabar com o vício. “Seattle retirou fundos da polícia, aprovando políticas e legislação que proíbem a polícia de fazer cumprir as leis sobre drogas. A cidade atingiu um número recorde de overdoses fatais ao longo do caminho.”

Engano da legalização

Segundo Rantz, os eleitores em Portland foram enganados por uma proposta inteligente, legalizaram as drogas sob o pretexto de tratamento, apenas para verem as overdoses dispararem. “As organizações sem fins lucrativos desperdiçaram o dinheiro dos contribuintes, forçando a Autoridade de Saúde do Oregon a cancelar o financiamento e exigir que fosse devolvido.”

Ele cita o exemplo da Filadélfia, onde o prefeito Jim Kenney defendeu “locais de consumo seguro” em 2018, um termo enganoso para locais onde viciados injetam sob supervisão médica.

“Enquadrado como um movimento para salvar vidas, eles são tudo menos isso. Seu foco em capacitar os dependentes significa pouco tempo gasto em tratamento. Enquanto isso, o vício disparou, com a cidade registrando mais de 1.400 mortes por overdose somente em 2022”, diz.

Outra cidade citada pelo apresentador é São Francisco, cuja resposta à política antidrogas é enganosa. “Deixe que as organizações sem fins lucrativos distribuam kits para fumar drogas, com pouco esforço para incentivar o abandono”.

Políticas equivocadas

Ele diz que o resultado de distribuir cachimbos, canudos, papel alumínio e outras ferramentas para fumar fentanil é uma crise crescente de falta de moradia e uma cidade fantasma na região central com uma taxa recorde de vagas de escritórios de 33,9%.

“Embora o governo federal deva contribuir para que as cidades lutem contra as drogas que inundam as ruas a partir da nossa porosa fronteira, há uma necessidade premente de responsabilização e de utilização eficaz dos fundos”, diz.

Para Rantz, injetar dinheiro cegamente em estratégias de redução de danos é um poço sem fundo que levará a um ciclo vicioso de dependência da ajuda federal sem resolver as questões subjacentes.

“O dinheiro será gasto em ferramentas de redução de danos, o vício irá piorar, as cidades irão implorar por ainda mais dinheiro e a administração Biden irá desembolsá-lo. Isso nunca vai acabar.”

Para ele, “o tempo para estratégias incansáveis ​​de redução de danos acabou. É hora de mudanças reais, responsabilidade real e tratamento real.”

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