Principal líder do Hamas é morto e Irã ameaça retaliar Israel

O grupo terrorista palestino Hamas lamentou a morte do líder Ismail Haniyeh, morto poucas horas após a posse do novo presidente do Irã.

Fonte: Guiame, com informações da Reuters e Jerusalem PostAtualizado: quarta-feira, 31 de julho de 2024 às 13:28
Ismail Haniyeh foi assassinado em Teerã. (Foto: Wikipedia)
Ismail Haniyeh foi assassinado em Teerã. (Foto: Wikipedia)

Na manhã desta quarta-feira (31), o Hamas anunciou a morte de Ismail Haniyeh, de 62 anos, também conhecido como “Abu Al-Abd”, que era o líder e principal figura do grupo terrorista palestino.

O Hamas lamentou a morte de Haniyeh, alegando que Israel está por trás da morte e que o líder foi vítima de "um ataque sionista traiçoeiro à sua residência em Teerã."

Embora Israel não tenha reivindicado a responsabilidade pela morte do líder terrorista, o incidente está provocando ameaças de retaliação contra Israel em uma região já devastada pela guerra em Gaza e por um conflito cada vez mais intenso no Líbano.

Na terça-feira (30), as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram que Muhsin Shukr, também conhecido como Fuad Shukr, líder e comandante do grupo terrorista libanês Hezbollah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, capital do Líbano.

Coração do Irã

Segundo analistas, o local e o momento do assassinato de Haniyeh podem ter um significado profundo. O líder foi morto no coração do Irã, pouco depois de participar da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, que assumiu o cargo após a morte de Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero em maio.

O vice-presidente Geraldo Alckmin viajou ao Irã, para representar o Brasil, a pedido do presidente Lula, segundo o Globo.

Ele foi fotografado junto a outros representantes estrangeiros e aparece em um vídeo ao lado do chefe do Hamas poucas horas antes do assassinato de Haniyeh.

Detalhes reportados

De acordo com uma declaração do IRGC (Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica), a força militar de elite do Irã, Haniyeh foi morto juntamente com seu guarda-costas na capital do país.

A Al-Arabiya, rede de notícias em árabe baseada na Arábia Saudita, informou que a morte do líder aconteceu por volta das 2h da manhã desta quarta-feira.

"Com condolências à heroica nação da Palestina, à nação islâmica, aos combatentes da Frente de Resistência e à nobre nação do Irã, informamos que nesta manhã [quarta-feira], a residência do Sr. Dr. Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, resultando no martírio dele e de um de seus guarda-costas", afirmou o comunicado do IRGC.

"Na madrugada desta manhã, a residência de Ismail Haniyeh em Teerã foi atingida, resultando no martírio dele e de um de seus guarda-costas. A causa está sob investigação e será anunciada em breve."

O site de notícias Al Mayadeen, afiliado ao Hezbollah, afirmou que Israel o eliminou.

Segundo o Jerusalém Post, até agora Israel não comentou os relatos.

Musa Abu Marzouk, um membro sênior do escritório político do Hamas, advertiu que a eliminação de Haniyeh "não passará em silêncio".

Quem é Ismail Haniyeh?

Ismail Haniyeh, foi primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina. Ele nasceu num dos campos de refugiados palestinos.

Atualmente, é o chefe do gabinete político do Hamas. Antes, em 1989, Israel o prendeu por três anos. Depois, ele foi para o exílio com vários líderes do Hamas em Marj al-Zuhur, na fronteira entre o Líbano e a Palestina, onde passou um ano inteiro em 1992.

Recentemente, três de seus filhos morreram em um ataque aéreo em abril, e sua irmã foi eliminada no mês passado.

A residência de Haniyeh em Gaza, que era usada como infraestrutura terrorista, foi alvo de um ataque aéreo do exército de Israel em novembro.

Haniyeh vivesse exilado no Catar, e sua propriedade em Gaza era sendo utilizada como ponto de encontro para outros membros da liderança do Hamas.

Reações à morte de Haniyeh

O ministro do Patrimônio de Israel, Amichay Eliyahu, comentou no X em resposta à notícia:

"Esta é a maneira certa de eliminar essa ameaça. Chega de acordos fictícios de 'paz' ou rendição; não há mais espaço para misericórdia com esses inimigos."

"A mão de ferro que os atingirá é a mesma que trará paz e um pouco de conforto, além de fortalecer nossa capacidade de viver em paz com aqueles que desejam a paz.”

"A morte de Haniyeh torna o mundo um pouco melhor."

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições