Projeto de lei visa proibir participação de atletas trans em competições femininas do CE

A proposta foi apresentada pelo deputado estadual André Fernandes (PSL-CE), que afirmou ser injusto que um homem passe a competir com mulheres no esporte.

Fonte: Guiame, com informações do R7Atualizado: quarta-feira, 11 de março de 2020 às 11:46
O caso do atleta Rodrigo Pereira, hoje conhecido como "Tiffany" se tornou bastante citado como um exemplo de atleta transgênero em competições femininas. (Foto: O Tempo)
O caso do atleta Rodrigo Pereira, hoje conhecido como "Tiffany" se tornou bastante citado como um exemplo de atleta transgênero em competições femininas. (Foto: O Tempo)

Na última segunda-feira (9), foi protocolado na Assembleia Legislativa do Ceará um projeto de lei que prevê proibir a participação de atletas transgêneros nas competições femininas realizadas no Estado.

A proposta foi apresentada pelo deputado estadual André Fernandes (PSL-CE), que explicou o porquê de apresentar um projeto como esse.

“Não é justo que um homem possa participar e competir contra mulheres”, afirmou o deputado, se referindo ao fato de que muitas vezes o transgênero que tenta passar do masculino para o feminino continua com sua estrutura biológica masculina.

“O ponto principal em que a presente proposição se debruça é para colocar todas as atletas biologicamente do sexo feminino em status de igualdade diante das demais competidoras e atletas”, diz a justificativa do projeto.

André continuou destacando que há diferenças biológicas que poderiam deixar as mulheres em desvantagem, caso elas estejam em competição física contra um homem no mesmo esporte,

“Vejamos que aquelas pessoas que não são biologicamente do sexo feminino possuem, por natureza, inúmeras vantagens, pois seu vigor físico e biológico é perceptível, pondo em desvantagem quando comparadas com as demais atletas ou competidoras genuinamente do sexo feminino”, afirmou.

A matéria foi protocolada na Assembleia Legislativa do Ceará na última segunda-feira (9) e passou a tramitar na última terça-feira (10).

Ciência

O tema não é tão novo e vem gerando debates há tempos. Cerca de dois anos atrás, a ex-jogadora e campeã mundial de vôlei de quadra e de praia, Ana Paula Henkel se tornou uma voz forte contra a aceitação de transgêneros e transexuais em competições femininas.

Na época, Ana Paula estava criticando o fato de um time feminino ter em quadra uma "jogadora" que biologicamente ainda é um homem, jogando contra mulheres. Conhecido como "Tiffany", o atleta Rodrigo Pereira chegou a jogar na Superliga Masculina do Brasil como Rodrigo, mas bateu recorde na Superliga Feminina em apenas poucos jogos, após fazer sua "transição".

"A verdade mais óbvia e respeitada por todos os envolvidos no esporte é a diferença biológica entre homens e mulheres. Se não houvesse, por que estabelecer categorias separadas entre os sexos? Por que colocar a rede de vôlei masculina a 2,43m de altura e a feminina com 2,24m? Basta uma análise superficial com um mínimo de bom senso no porte físico de jogadores de basquete masculino e feminino para entender que não são intercambiáveis", destacou.

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