Quase 80% dos brasileiros são contra a legalização do aborto, segundo pesquisa

A legalização do aborto no Brasil não tem apoio da maioria da população, mostra levantamento.

Fonte: Guiame, com informações do Poder360Atualizado: terça-feira, 26 de janeiro de 2021 às 14:29
Manifestante pró-vida segura boneco de feto em protesto contra aborto. (Foto: Marcha Pela Vida Brasil)
Manifestante pró-vida segura boneco de feto em protesto contra aborto. (Foto: Marcha Pela Vida Brasil)

Pelo menos 8 em cada 10 brasileiros, o que corresponde a 79% da população, são contra a legalização do aborto no país, de acordo com um levantamento divulgado pelo Paraná Pesquisas nesta segunda-feira (25). 

Por outro lado, 16,6% são favoráveis a legalização do aborto, enquanto 4,4% não sabem ou preferiram não opinar. 

A legalização da prática é apoiada principalmente por mulheres (19,2%); pessoas de 16 a 24 anos (21,7%); os que têm ensino superior (22,3%) e moradores da região Sudeste (37%).

Já entre aqueles que são contra a legalização, a maioria são homens (82,6%); pessoas com 60 anos ou mais (83,2%); os que têm só o ensino fundamental (82,7%) e moradores da região Sul (79,2%).

A pesquisa foi realizada entre 16 e 19 de janeiro, por meio de ligações para 898 moradores de 238 municípios brasileiros, nos 26 Estados e no Distrito Federal. A margem de erro é estimada em 2 pontos percentuais e o grau de confiança do estudo é de 95%.

A constatação do perfil conservador do brasileiro em relação ao aborto é semelhante ao levantamento do PoderData feito no início do mês.

O estudo mostrou que 58% dos brasileiros são contra a legalização do aborto no Brasil, enquanto 31% são a favor da legalização. Outros 11% não sabem ou não responderam, segundo dados divulgados em 8 de janeiro.

No Brasil, o aborto é permitido apenas se a vida da mulher estiver em risco, quando a gestação é resultante de um estupro ou se o feto for anencefálico. Fora destas três situações, o procedimento é crime, com penas previstas de 1 a 3 anos de detenção para a gestante, e de 1 a 4 anos de reclusão para o médico ou qualquer outra pessoa que realize em outra pessoa o procedimento de retirada do feto. 

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