Rabino Mário Moreno fala sobre o impacto do mês de Elul, o último do calendário judaico, em setembro

Segundo a tradição judaica, este é um mês onde se pode ter uma comunhão maior com Deus como forma de preparação para o ano novo judaico, chamado de "Rosh Hashaná" e o dia do perdão, conhecido por "Yom Kipur".

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quinta-feira, 3 de setembro de 2015 às 12:23

 


Rabino Mário Moreno durante entrevista ao Guiame.(Foto: Guiame/ Marcos Paulo Corrêa)

 

Elul é o 12° mês do ano civil judaico e o 6° mês do ano eclesiástico no calendário hebraico. De acordo com o calendário gregoriano, utilizado oficialmente pelo Brasil e a maioria dos países, Elul geralmente cai em Setembro. Em 2015, 13 de setembro será o último dia do ano judaico.
 
Em entrevista exclusiva ao Guiame, o Rabino Mário Moreno explica que, segundo a tradição judaica, este é um mês onde se pode ter uma comunhão maior com Deus como forma de preparação para o ano novo judaico, chamado de "Rosh Hashaná" e o dia do perdão, conhecido por "Yom Kipur".
 
"Esse é o mês em que o Rei está no campo, isso significa que nós temos um acesso muito maior ao Eterno (Deus) por conta dessa disponibilidade. Dessa forma, esse também é um tempo especial para nos arrependermos. A tradição judaica chama isso de teshuvá, onde a nossa vida é colocada diante do Eterno para nos prepararmos para o mês que vem, Tishrei, o primeiro mês do próximo ano", explica Moreno. 
 
Em tempos antigos, o Rei deixava seu palácio e ia para o meio do povo uma vez a cada ano. Ele montava sua tenda real em um campo próximo a cidade, onde era anunciado: "O Rei está no campo!". Qualquer pessoa que tivesse alguma causa para se resolver, estaria livre para ir ao Rei.
 
No hebraico, Elul é um acrônimo de "Ani Ledodi Vedodi Li" (Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu), presente em Cânticos 6:3, aponta o rabino. "Portanto, temos acesso para ter uma comunhão maior com o Rei, para preparar a vinda do Messias", acrescenta.
 
Decretos de Deus
 
De acordo com a tradição judaica, Rosh Hashaná é o dia em que Deus julga decretos a todas as almas em relação ao próximo ano. Por isso, Mário explica que até 13 de setembro, enquanto durar o mês de Elul, os crentes devem se arrepender e clamar pela misericórdia de Deus.
 
"É um tempo de arrependimento, porque os decretos, segundo a tradição rabínica, são formulados agora para serem confirmados em Rosh Hashaná. Esses decretos têm tudo a ver com a vida de quem é obediente, mas também com a vida de quem é desobediente", ressalta.
 
O Rabino alerta que os decretos de Deus podem definir diversos acontecimentos para o próximo ano. "São emitidos, inclusive, decretos de quem vai morrer nesse próximo ano, dos juízos que vão acontecer sobre a terra. Então seria muito importante para o povo evangélico entender que esse é um período de preparação. Temos alguns dias para nos preparar antes que os decretos sejam promulgados."
 
Ele afirma, também, que o arrependimento pode resultar em uma reversão de decretos por Deus. "Por isso a gente precisa de arrependimento, buscar a face do Eterno, para que Ele possa inclusive reverter alguns decretos negativos e transformá-los em positivos, como foi o caso do Rei Ezequias. O profeta Isaías foi enviado a ele para dizer que ele deveria morrer, mas quando ele fez techutvah e se arrependeu, o Eterno reverteu um decreto de morte para um decreto de vida", exemplifica.
 
Volta do Messias
 
Moreno relata que os rabinos, em Israel, têm dito que o Messias virá nesse próximo ano - o que significa que será a partir de setembro. "É uma coisa muito impactante. A gente sabe que, como haverá a saída de um ano Shemitah para a entrada de um próximo ano, muita coisa pode acontecer", disse ele.
 
"Os rabinos estão prevendo, inclusive, grandes guerras e desastres em Israel. E nós, como conhecedores da Palavra que temos uma proximidade com Yeshua (Jesus), temos que pedir ao Eterno misericórdia", aponta.
 
Confira a entrevista completa:

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