Renato Aragão criticou uso de humor para zombar da fé: “Não se faz piada com religião”

Filme exibido pela Netflix satiriza Jesus, a principal figura do cristianismo, e o retrata como gay.

Fonte: Guiame, com informações do Na MoralAtualizado: terça-feira, 17 de dezembro de 2019 às 17:40
Os humoristas Renato Aragão e Gregório Duvivier. (Foto: Reprodução/YouTube)
Os humoristas Renato Aragão e Gregório Duvivier. (Foto: Reprodução/YouTube)

Além da enorme repercussão em torno “Especial de Natal Porta dos Fundos - A primeira tentação de Cristo”, produzido pelo grupo Porta dos Fundos e exibido pela Netflix, o filme está causando uma grande polêmica sobre o que é ou não passível de se tornar uma piada.

Um vídeo que voltou a circular nas redes sociais mostraRenato Aragão, um dos nomes mais influentes e reconhecidos da comédia brasileira, dizendo diretamente para Gregório Duvivier, um dos integrantes do grupo, que não se faz piada com a religião alheia.

O jornalista Pedro Bial recebeu os dois artistas, em 2013, em seu programa “Na Moral”, e perguntou a Renato se ele tinha algum problema com piada de religião e de Deus.

O comediante, de 84 anos, respondeu: “Nunca passei por esse temor de fazer piada com religião porque a gente não precisa disso, não precisa usar uma religião para fazer humor; eu acho que até agride”.

Renato disse que “uma coisa que agride é você criticar a religião da pessoa, muçulmano, católico ou evangelho. Não precisa”.

Duvivier rebateu dizendo que apesar de respeitar Renato teria de discordar dele, ao que o humorista respondeu: “Então vamos discordar sempre. Meu estilo de humor não permite isso”.

Quase 2 milhões de assinaturas

Uma petição online pede à Netflix que retire o filme de seu catálogo. Inclusive fora do Brasil.

Conservadores, políticos e líderes cristãos holandeses manifestaram seu repúdio ao ataque à fé cristã, promovendo um abaixo-assinado online direcionado à Netflix. Até o momento, o pedido holandês já tem 491.197 assinaturas.

No Brasil, o juiz federal William Douglas afirmou em suas redes sociais que pretende processar a Netflix pelo filme.

“Escolher a principal data do calendário cristão para nos ofender é uma vergonha”, escreveu o magistrado. “Não vou cancelar a assinatura da Netflix; pretendo processar a empresa por ofensa ao sentimento religioso. Se ofende minha crença ou a de outrem, me ofende também. E vamos usar a lei. Viva o respeito ao próximo!”, completou.

Em seu perfil no Instagram, Douglas pede para que os mais de 220 mil seguidores assinem o abaixo-assinado para a remoção do filme “A Primeira Tentação de Cristo” do catálogo da plataforma de streaming.

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