Ex-líder do movimento 'Femen' e atual militante pró-vida, a palestrante e escritora Sara Winter afirma que está sendo alvo do ódio do movimento feminista, após ter uma de suas palestras canceladas na PUC Rio (RJ).
Falando com exclusividade ao Guiame, a ex-feminista que viralizou na web e chegou a tornar-se pauta internacional - após pedir desculpas a todos os cristãos por seus exageros enquanto liderava o grupo 'Femen' - explicou que o convite surgiu por parte do Diretório Acadêmico da Universidade, com a intenção de que ela apresentasse um contraponto sobre o aborto, após já ter sido realizado anteriormente, um evento em prol da legalização da prática.
"O DCE da PUC resolveu me chamar para fazer um contraponto, argumentar com relação ao aborto e falar um pouco sobre a cultura pró-vida - que é a minha prioridade atualmente, a minha grande pauta, após a minha conversão".
"Estava tudo certo, a passagem já estava comprada, mas uma das meninas me falou que não seria mais possível promover a palestra, porque elas temiam pela minha segurança. Ela me informou que as feministas estavam pressionando muito e a Reitoria achou melhor, em nome da minha segurança, que não se realizasse mais o evento".
Segundo uma postagem feita pela página oficial do DCE da PUC Rio no Facebook, a iniciativa de convidar Sara Winter para ministrar uma palestra sobre o aborto "foi um erro".
"Infelizmente, por uma falha de comunicação na gestão, o evento foi lançado sem as devidas precauções: consenso interno e autorização da diretoria acadêmica e Diretoria de Diversidade", diz parte do comunicado.
Reprodução de parte da postagem do DCE da PUC Rio. O texto foi retirado da página no Facebook. (Fonte: Facebook)
Intolerância
Após relatar o fato, Sara apontou certa incoerência na atitude das integrantes do movimento feminista com relação a ela.
"As feministas falam tanto sobre democracia e elas não permitiram que um evento pró-vida acontecesse na PUC. Isso é pura falta de democracia. Se houve a argumentação em prol do aborto, também precisa haver a argumentação pró-vida. É assim que se constrói o debate. Elas não estão permitindo e ainda estão ameaçando a minha segurança", destacou.
"Eu sou uma mulher e o feminismo deveria proteger as mulheres, mas ele não está protegendo. Eu estou sendo humilhada nas redes sociais [páginas] feministas nesse exato momento. Estão chamando o meu filho - que é um bebê de seis meses - de estuprador".
Respondendo à postagem de um internauta no Facebook, que repudiu o cancelamento da palestra que seria ministrada por Sara, a militante pró-vida lembrou que esta não é a primeira vez que sofre um boicote desse tipo.
"Não é primeira vez que isso acontece, na UFPB foi a mesma história. Mesmo elas sabendo que minha renda pra sustentar meu filho sozinha bem da venda de livros e palestras. Mas elas odeiam bebês, elas matam eles sem dó", .
Após uma página do Facebook chamada "Coletivo de Homens PUC Rio" publicar uma nota de apoio a Sara Winter e repudiar o cancelamento de sua palestra, diversos ususários da mídia social acessaram o post para ofender a ex-feminista.
"Vem não que não tem espaço pra discurso de ódio, pra alguém que é ex feminista, que acredita em cura gay, e cola com o bolsonaro. Discurso de ódio não é liberdade de expressão, é crime", postou uma internauta.
"Essa Sara Inverno não sabe mais o que fazer pra chamar atenção e passar vergonha. A mina já foi tudo. Acho que já é caso de tratamento psiquiatrico, pq deve ser algum disturbio, não é possivel. Nunca vi uma pessoa com tanta vocação pra lixo humano como ela. Agora, os apoiadores deses coletivos,, se não for tudo fake, não tem mais solução não. Coloca tudo numa sala e esqueçam lá", postou outro usuário.
Persistência
Apesar da tensão gerada pelo anúncio de sua palestra e o posterior cancelamento do evento, Sara afirmou que não desistirá de ir à Universidade e, mesmo que não possa ministrar a exposição de seus argumentos, quer tentar orar junto com as mulheres da instituição e inclusive orar pelas militantes que a têm ameaçado.
"A passagem já está comprada. Mesmo que eu não vá para dar uma palestra, eu vou reunir todas as pessoas cristãs para se posicionarem, para orarmos, pedindo que Deus tenha misericórdia dessas meninas, porque elas precisam. Eu não vou julgá-las, mas vou orar por elas", afirmou.
"Eu faço esse convite tanto em nome do movimento pró-vida, como em nome da democracia".
Sara Winter informou que ela planeja estar às 18h do dia 06 de maio, em frente à Pontifícia Universade Católica do Rio de Janeiro (no bairro da Gávea), para realizar este ato.
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