Sem enxergar, garoto supera deficiência e ministra louvor: “Jesus me ensinou a tocar”

João Carlos, de 12 anos, nasceu sem enxergar, mas carrega um dom que ele dedica especialmente a Deus.

Fonte: Guiame, com informações de A CríticaAtualizado: terça-feira, 27 de fevereiro de 2018 às 14:18
Mesmo cego, João Carlos aprendeu sozinho a tocar bateria, violão e teclado. (Foto: Reprodução/A Crítica)
Mesmo cego, João Carlos aprendeu sozinho a tocar bateria, violão e teclado. (Foto: Reprodução/A Crítica)

Por causa de um problema no nervo óptico, João Carlos, de 12 anos, nasceu sem enxergar. No entanto, junto com a deficiência, ele veio ao mundo com um dom: a música.

O garoto aprendeu sozinho a tocar bateria, violão e teclado. Hoje ele ministra louvor em diversas denominações evangélicas e também na igreja de seus pais em Manaus (AM), os pastores João Batista Sampaio, de 42 anos, e Daniele de Souza, de 36 anos.

Por causa da falta de instrução na época, os pais de João não perceberam que João era cego em seus primeiros anos de vida. “Quando ele era pequeno, só olhava para onde tinha luz. Ele nunca olhava para ninguém. Temos foto dele no nosso braço, mas sempre com o rostinho para cima”, disse o pastor ao Portal A Crítica.

“Ele nasceu com esse problema. Como não entendíamos muito sobre isso, descobrimos que ele era cego por meio da cunhada da minha filha. Ela trabalhava em uma clínica de oftalmologia e após conhecer o João, disse que ele era cego. Aquele momento foi um baque”, ele conta, emocionado.

No início o pastor lembra que foi difícil, mas eles passaram a lutar pela saúde de João com idas e vindas em clínicas públicas e privadas de oftalmologia de Manaus. “A princípio não quis aceitar, também nesse tempo a gente não era evangélico, não tinha aquele apoio que Jesus nos dá. Fiquei desesperado”, lembra.

Talento na música

Devido às poucas condições financeiras da família, João Carlos nunca fez aula de música e teve que aprender sozinho. “Começou batendo as panelas e nos baldes aqui em casa. Ele mesmo arrumou a bateria. Quando o Espírito Santo começou a dar louvores para ele, eu comecei a escrever outros”, conta o pai.


João Carlos junto com os pais, os pastores João Batista e Daniele. (Foto: Reprodução/A Crítica)

Nas igrejas o garoto não apenas canta, mas também ministra e “passa revelação de Deus” nos momentos de adoração, de acordo com o pai. Ele não aprendeu a ler partituras ou cifras; tudo o que toca ele aprendeu ouvindo.

“Quando eu vi o pessoal tocando na igreja me veio aquela vontade de tocar. Eu comecei a pesquisar na internet. Primeiro Jesus me ensinou a tocar bateria, agora estou aprendendo teclado e violão”, contou o garoto.

“Tudo que nós fazemos, se fizermos com amor para Deus, é um tipo de adoração. Cantar é agradecer por continuar vivo”, ele acrescentou. “Quero ser um adorador de Deus”.

Os pais ficam admirados quando observam a fé de João. “Eu fico muito feliz, maravilhado. Porque isto é o poder de Deus. Quando ele vai para a igreja, o João anda como se estivesse enxergando. Quem não conhece ele, pensa que enxerga normalmente”, disse o pastor.

João Batista acredita firmemente que ainda verá um milagre na vida do filho. “Deus é Deus do impossível. Ele vai restaurar a visão dele, porque quando Deus promete, Ele cumpre. Mas depende muito da fé do João, não só da minha. Ele precisa obedecer, ser um jovem de Deus e continuar se afastando de tudo de errado”, observa.

Quando olha para sua deficiência, João entende que há um propósito divino. “Não tem por que eu ficar triste. Deus me fez assim. Se Ele me fez assim, é porque Ele tem um plano para a minha vida e eu sei que Ele vai cumprir”, destaca o garoto.

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