“Sirvo a um Deus de segundas oportunidades”, diz mulher que será livre de prisão perpétua

Ao conceder clemência, governador disse que Cyntoia Brown deu passos extraordinários para reconstruir sua vida.

Fonte: Guiame, com informações do The TennesseanAtualizado: terça-feira, 8 de janeiro de 2019 às 14:03
Cyntoia Brown recebeu clemência por sua pena de prisão perpétua. (Foto: Lacy Atkins/The Tennessean)
Cyntoia Brown recebeu clemência por sua pena de prisão perpétua. (Foto: Lacy Atkins/The Tennessean)

Em anúncio feito na segunda-feira (7), o governador do Tennessee, Bill Haslam, concedeu oficialmente clemência a Cyntoia Brown, que cumpria sentença de prisão perpétua por matar um homem quando era adolescente, do qual se dizia ser vítima de abusos sexuais.

A notícia foi transmitida a Cyntoia, pelo advogado Charles Bone: “Você vai sair em agosto”, disse assim que a viu.  

A reação de Cyntoia foi imediata disse Kathy Sinback, administradora da corte juvenil de Nashville. “Ela apenas se iluminou com uma alegria que nunca tinha visto antes [em seu rosto]”, contou a primeira defensora pública de Cyntoia. 

Em seguida, Cyntoia divulgou uma declaração em resposta ao anúncio feito pelo governador, agradecendo Haslam pela clemência e às pessoas por seu “apoio, orações e encorajamento”. 

Ela disse: “Realmente servimos a um Deus de segundas chances e novos começos. O Senhor segurou minha mão o tempo todo e eu nunca teria feito isso sem Ele”.

Clemência

Cyntoia foi presa aos 16 anos e hoje está com 31. Se não houvesse a clemência, ela só poderia tentar sair quando tivesse 67 anos de idade.

O governador disse que “esta decisão vem após uma análise cuidadosa do que é um caso trágico e complexo”. Ele disse que Cyntoia Brown admitiu ter cometido um crime horrível aos 16 anos de idade, mas que ela deu sinais claros que querer “reconstruir dua vida”.

“Impor uma sentença de prisão perpétua a uma jovem que exigiria que ela cumprisse pelo menos 51 anos antes mesmo de ser elegível para a liberdade condicional é muito severo, especialmente à luz dos extraordinários passos que [Cyntoya] tomou para reconstruir sua vida. A transformação deve ser acompanhada de esperança”, disse o governador.

O caso aconteceu em 2004 e Cyntoia foi condenada pelo assassinato de Johnny Allen, de 43 anos em 2006. Ela era menor de idade quando o caso aconteceu, mas foi julgada como adulta.

Vida transformada

Cyntoia disse que, com a ajuda de Deus, está comprometida a viver o resto de sua vida ajudando outras pessoas, especialmente os jovens. “Minha esperança é ajudar outras jovens garotas a evitarem terminar onde eu estive”.

Russell Moore, presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, esteve entre os muitos que celebraram a notícia, chamando-a de “um desenvolvimento importante”. 

“Sou grato pela sabedoria e compaixão de nosso amigo Bill Haslam”, twittou Moore na mesma tarde em que o anúncio foi feito. 

As condições de liberdade condicional incluirão que Cyntoia fique sujeita a um plano de liberação aprovado pelo Departamento de Correção do estado e que não violará nenhuma lei federal ou estadual.

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