Tandara critica transexuais no vôlei feminino: "Não é questão de homofobia, é fisiologia"

A jogadora Tandara comentou o caso de Tifanny, que antes jogava como Rodrigo e hoje, como transexual, atua na Superliga feminina de vôlei.

Fonte: Guiame, com informações do O TempoAtualizado: segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018 às 15:00

A participação de Tifanny na Superliga Feminina de vôlei continua a gerar polêmica e discordância por parte de diversas atletas, devido à notável diferença fisiológica que ainda influencia no desempenho do jogador que antes atuava como Rodrigo.

Após a contundente crítica de Ana Paula Henkel - com uma carta aberta a todos os comitês responsáveis pela modalidade do esporte - a jogadora Tandara também expôs sua discordância, afirmando em entrevista para a Sportv (Grupo Globo de Comunicação) que não tem como fugir ao fato de que, apesar de Tifanny ser transexual, isso não vai eliminar os fatores físicos que ainda levam seu corpo a ter o desempenho de um homem no esporte.

"Em alguns momentos ela [Tifanny] segura o braço, tenta fazer de alguma maneira. Mas chegando nos momentos decisivos, como no final do set, ela vem um pouco mais forte, ela salta mais. [...] A gente sabe que é diferente", disse.

Tandara explicou que seu posicionamento não tem qualquer relação pessoal com Tifanny, mas sim pelo fato de que a disparidade física entre a transexual e as outras jogadoras é notável.

"Eu respeito muito, a gente se dá muito bem. Mas a gente que na hora da decisão ela vai saltar mais, porque a fibra muscular dela é muito mais forte. O corpo dela é diferente do de uma mulher. Durante toda a puberdade dela, ela cresceu com o desenvolvimento do sexo masculino. Durante 30 anos foi assim, então o pulmão é maior, a musculatura é mais forte, ela respira um pouco mais, a circulação é muito maior e mais rápida que a de uma mulher", explicou.

A atleta que atua pelo Vôlei Nestlé-SP também explicou que suas discordâncias quanto à entrada de Tifanny na Superliga Feminina não são motivadas por homofobia ou transfobia, mas sim pela própria ciência.

"Eu não concordo. Acho que tudo isso tem que ser estudado, tem que ser revisto. Deixando muito bem claro que não sou preconceituosa. Não é homofobia, a gente está falando de fisiologia", finalizou.

 

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