Trump diz que a fé cristã tem sido tratada de forma ‘injusta’ durante a pandemia

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirma que muçulmanos e cristãos devem manter os mesmos padrões de distanciamento social em seus serviços religiosos.

Fonte: Guiame, com informações da AFPAtualizado: quarta-feira, 22 de abril de 2020 às 12:34
Presidente americano Donald Trump em coletiva de imprensa sobre coronavírus. (Foto: Jim Watson/AFP via Getty Images)
Presidente americano Donald Trump em coletiva de imprensa sobre coronavírus. (Foto: Jim Watson/AFP via Getty Images)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no sábado (18) que espera que, durante o Ramadã, os muçulmanos sigam mesmos padrões de distanciamento social que os cristãos na Páscoa, o que impediu a realização de reuniões presenciais.

A afirmação de Trump surgiu quando foi perguntado sobre o post de um comentarista conservador no Twitter, que questionou se os muçulmanos seriam tratados com a mesma severidade que os cristãos caso violem as regras de distanciamento social.

“Eu diria que pode haver uma diferença”, disse Trump em sua coletiva de imprensa diária sobre o coronavírus. “E teremos que ver o que vai acontecer. Porque vi uma grande disparidade neste país”.

“Eles vão atrás de igrejas cristãs, mas não tendem a ir atrás de mesquitas", disse ele.

O Ramadã, que começa ao pôr do sol na quinta-feira (23), acontece uma semana e meia após a Páscoa, quando alguns cristãos nos EUA desrespeitaram os regulamentos de saúde pública e fizeram cultos presenciais.

Questionado se ele achava que os imãs (líderes islâmicos) se recusariam a seguir as ordens de distanciamento social, Trump respondeu: “Não, eu não acho isso”.

“Sou alguém que acredita na fé. E não importa qual é a sua fé. Mas nossos políticos parecem tratar crenças diferentes de maneira muito diferente”, opinou.

Mais 820 mil casos de coronavírus foram registrados até esta terça (21) nos EUA, forçando as comunidades religiosas de todo o país a fecharem suas portas.

A Sociedade Islâmica da América do Norte, juntamente com especialistas médicos muçulmanos, pediu a suspensão das orações em grupo, entre outras reuniões.

Os judeus americanos também foram forçados a transformar o tradicional sêder da Páscoa em encontros virtuais quando o feriado de oito dias começou no pôr do sol de 8 de abril.

Medidas semelhantes foram adotadas pela maioria das igrejas dos EUA, que encontraram como alternativa os chamados “cultos drive-in”. Por outro lado, alguns pastores foram detidos por ignorar as regras de distanciamento social.

Pastores de duas mega-igrejas na Flórida e na Louisiana foram presos sob acusação de desrespeitar  as ordens de isolamento social.

“A fé cristã é tratada de maneira muito diferente do que era, e acho que é tratada de maneira muito injusta”, acrescentou Trump no sábado.

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