Turistas cristãos podem ser presos se exibir a Bíblia em público, na Arábia Saudita

Embora a Arábia Saudita tenha afrouxado algumas restrições, os cristãos continuam tendo que seguir regras rigorosas ao visitar o país.

Fonte: Guiame, com informações do Barnabas FundAtualizado: terça-feira, 15 de outubro de 2019 às 16:29
Fila para fazer o check-in de um voo no aeroporto internacional de Toronto para Riade, na Arábia Saudita. (Foto: VOA)
Fila para fazer o check-in de um voo no aeroporto internacional de Toronto para Riade, na Arábia Saudita. (Foto: VOA)

A Arábia Saudita está abrindo suas portas aos turistas internacionais pela primeira vez, como parte de um esforço mais amplo para reduzir sua dependência econômica da indústria do petróleo.

Em setembro, o país lançou um sistema de vistos para 49 países e afrouxou o código de vestimenta para as mulheres. Antes disso, os vistos eram restritos a peregrinos, empresários e trabalhadores estrangeiros.

As mulheres turistas não serão obrigadas a usar a Hijab que cobre o corpo, mas ainda devem vestir-se com modéstia. Também não haverá restrições para mulheres desacompanhadas que visitam o país.

Os não-muçulmanos ainda não poderão visitar as cidades sagradas de Meca e Medina e a proibição do álcool será mantida.

Enquanto isso, a restrição para os visitantes cristãos é ainda mais clara: eles devem estar cientes de que exibir uma Bíblia em público, ou levar mais de uma Bíblia ao país, poderia levá-los à prisão, segundo a agência cristã Barnabas Fund.

Os novos regulamentos para turistas dizem que os turistas podem levar uma Bíblia para o país, desde que seja apenas para uso pessoal. As Bíblias não devem ser exibidas em público e qualquer pessoa encontrada com um grande número de Bíblias enfrentará “penalidades severas”.

A Arábia Saudita segue uma estrita interpretação wahhabi do Islã, tornando impossível para quem mora no país praticar abertamente o cristianismo. 

Existem centenas de milhares de cristãos de outras nações, que vivem e trabalham na Arábia Saudita. Eles costumam se reunir em casas particulares, mas correm o risco de assédio, prisão e deportação se forem pegos. 

Os cidadãos sauditas que se convertem ao cristianismo correm o risco de ser executados pelo Estado por apostasia, se sua conversão se tornar conhecida.

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