O deputado Jerry Nadler, de Nova York, repreendeu um de seus colegas por mencionar Deus e a Bíblia durante o debate na Câmara sobre a Lei da Igualdade. A reunião aconteceu no dia 25 de fevereiro e teve a presença da imprensa americana.
A Câmara dos Deputados dos EUA, controlada pelos democratas, aprovou a Lei de Igualdade, visando as proteções legais para americanos LGBTQ em empregos, educação, habitação, crédito, serviço de júri e outras áreas.
Um dos deputados, presente na ocasião, Greg Stuebe, rebateu dizendo que a Lei de Igualdade se opõe às Escrituras. “A confusão de gênero que existe em nossa cultura hoje é uma rejeição clara do bom desígnio de Deus. Sempre que as leis de uma nação não refletem mais os padrões de Deus, essa nação está em rebelião contra Ele e inevitavelmente arcará com as consequências”, disse Stuebe.
“E acho que estamos vendo as consequências de rejeitar a Deus em nosso país hoje. E este projeto fala diretamente contra o que está estabelecido nas Escrituras”, declarou. Em resposta a Steube no plenário da Câmara, Nadler disse: “Sr. Steube, o que qualquer tradição religiosa atribui como vontade de Deus não é assunto deste Congresso”.
Sobre a Lei de Igualdade
Entre os aspectos mais contestados do projeto de lei está a consagração da orientação sexual e da identidade de gênero como categorias na “legislação de direitos civis”. A Lei de Igualdade, que tem mais de 500 páginas, recebe agora o acréscimo sobre a identidade de gênero como uma categoria protegida na lei de não discriminação.
Esse termo, que é frequentemente usado pela mídia e ativistas trans, refere-se a um “sentido interno” do gênero de uma pessoa. “Não é a roupa ou o estilo pessoal que ofende a Deus, mas sim o uso da aparência para agir ou assumir uma identidade sexual diferente daquela designada biologicamente por Deus no nascimento”, protestou o congressista da Flórida.
O rabino Yoel Schonfeld disse que a lei está longe de valorizar as diversas opiniões e crenças. “Ela atropela o livre exercício da religião e até demoniza a liberdade de expressão. Ler a Bíblia em público, de acordo com a Lei da Igualdade, pode ser considerado um exercício de intolerância e motivo para uma queixa de 'discriminação'”, disse. A oposição ao projeto se manifestou em todo o espectro político.
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