Pastor orienta como lidar com gays na igreja: "Não é preciso desconstruir o Evangelho”

David Riker afirma que os líderes devem ser firmes quanto ao posicionamento da Bíblia sobre a homossexualidade.

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 20 de agosto de 2018 às 20:52

O pastor David Riker, líder do Ministério Ser, que oferece seminários e palestras sobre sexualidade para cristãos, orientou como pastores e líderes podem reagir diante da confissão de irmãos na fé à respeito da homossexualidade. Ele afirma que é preciso ser firme sobre as Escrituras e também deixar “as portas abertas”.

“Vale ressaltar que no Brasil, as pessoas são livres para viver a sexualidade que quiserem viver. Inclusive, não viver a partir das suas emoções, sentimentos e atrações, mas que escolhem viver a partir das suas crenças. Essa é uma liberdade assegurada pela Constituição brasileira, então não há de se impor nada a ninguém”, ressaltou David.

Ele também explica que é interessante entender a motivação do cristão quando abre sua sexualidade para um líder. “É importante ter em mente que quando uma pessoa diz ‘eu sou homossexual’, essa frase está carregada de vários significados diferentes. Portanto, vale a perguntar ‘o que você quer dizer com isso’, ‘como se desenvolveu isso na sua vida’. Você vai entrar na história do ser humano que é muito complexa e cheia de detalhes. Isso gera empatia e acolhimento”, disse o pastor.

Davi ainda explica que durante a conversa vão surgir temas importantes, mas antes de falar desses temas é interessante destacar a motivação em procurar um líder espiritual e confidenciar a homossexualidade. “Há três grandes motivações que aparecem no nosso dia-a-dia ministerial. Em primeiro lugar, você tem pessoas que querem apenas informar aos seus líderes uma decisão que ele já tomou”, explica.

“Ele disse: ‘Eu tenho atração homossexual e eu quero viver assim’. Essa pessoa não está pedindo uma intervenção, uma ajuda, ela já está decidida e quer apenas informar os seus líderes. Você deve escutar respeitosamente, no entanto o respeito também deve ser dirigido ao Evangelho. Portanto, você não precisa desconstruir o Evangelho, fingir que ele não condena a homossexualidade como comportamento bíblico para poder incluir alguém”, pontua o pastor.

David deixa claro que os líderes precisam respeitar todos os lados, a pessoa em questão e também o Evangelho, além do próprio Deus “que deseja alcançar essa pessoa, mas que tem posições sobre homossexualidade assim como tem posições sobre vários outros temas”.

Portas abertas

David ressalta que os líderes devem receber sempre as pessoas que tomaram tais decisões. “Você pode deixar as portas abertas e dizer: ‘você é bem-vindo, por mais que você não concorde com as posições bíblicas à respeito da homossexualidade na igreja. As portas estão abertas para você, para o seu parceiro e para sua família’. Isso não é conivência, isso não é simplesmente aceitar como normal o pecado. Mas é trabalhar inteligentemente para poder ter acesso a essa pessoa e fazer com que ela perceba que os cristãos estão ali não para julgar ou para lançar no inferno”, disse o pastor.

“Mas para acolher e ajudar a caminhar assim que ela voluntariamente pedir ajuda. O nosso desafio é fazer com que essa pessoa pertença mesmo que ela discorde. Obviamente que por causa do seu posicionamento, ela vai ter algumas restrições a cargos de liderança e isso é normal. Ela deve ter ido à igreja e já possui uma doutrina antes de ter chegado. Se ela não consegue lidar com isso, com a posição teológica da igreja, infelizmente ela mesma vai fazer o rompimento e a igreja precisa estar muito bem firme no seu posicionamento. Mas ao mesmo tempo aberto, sem gerar nenhum tipo de princípio da participação desta pessoa na comunidade”.

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