Quem seria capaz de abandonar uma carreira artística que estava muito dinheiro para atender o chamado de Deus que sentiu em seu coração? Há mais de 18 anos, esta decisão foi tomada pelo ex-Raimundos, Rodolfo Abrantes e o compositor e pregador assegura que não se arrepende.
Rodolfo compartilhou este sentimento durante uma de suas pregações na conferência Jesus Copy de 2019 e usou sua história para ilustrar uma passagem bíblica de Mateus 13:44, na qual Jesus conta a parábola de um homem que encontrou um terreno que tinha em seu solo uma pedra preciosa e vendeu tudo o que tinha para comprar aquele pedaço de terra.
O preletor destacou que essa mensagem vai contra a cultura pós-moderna, focada em acumular bens na terra.
"A gente está no meio de uma geração que está acostumada a ter, ter, ter; acumular, acumular, acumular; a ser, ser, ser, ser mais do que outros. Não sei se vocês percebem, mas existe um espírito de competitividade no meio da nossa geração, que é embutido, é muito suave. E quando a gente fala de igreja, então, ele é muito disfarçado, mas isso existe”, alertou.
“Eu fico pensando se Jesus tivesse me alcançado hoje e eu tivesse numa banda de sucesso, ganhando muito dinheiro, será que teria alguém para me encorajar a largar tudo que eu estava fazendo e segui-lo [a Jesus] ou a mensagem seria ‘Fica aí onde você está, cara! Você vai ser luz nesse meio’?”, questionou.
Rodolfo reconheceu que não há regras formuladas para o chamado de Deus sobre as pessoas, porém destacou que quando alguém compreende seu chamado é como o homem citado nessa parábola, que encontrou um tesouro e foi capaz de vender tudo o que tinha para comprar aquele terreno.
“Não acho que existe uma regra para quem Deus chamou. Tem gente que Deus chamou para morrer, tem gente que Ele chamou para viver, tem gente que Ele chamou para ficar, tem gente que Ele chamou para ir, e eu acho que você precisa ter um relacionamento sadio com Deus para saber o que Ele quer de você”, disse.
“Quando a gente vê um texto como esse, que foi Jesus que nos trouxe, uma parábola a respeito do Reino dos céus e que ele e que fala que é semelhante a um homem que encontrou um tesouro, escondeu de novo, foi e vendeu tudo que tinha para comprar aquele pequeno pedaço de terra, porque ele sabe o que está ali dentro, mais do que isso, ele o fez com entusiasmo…”, acrescentou.
Loucura ou sabedoria?
O preletor também destacou que provavelmente muitos venham a se opor à decisão de alguém que quer atender o chamado de Deus, porém ele sabe, por experiência própria o quanto uma decisão como esta vale a pena.
“Aos olhos dos outros, de quem não sabia o que tinha naquela terra, isso seria a maior burrice da história”, contou. “Não vai faltar gente para te dizer: ‘Você tem certeza do que está fazendo?’”.
“Eu não vou falar isso por falsa modéstia, mas por realismo: eu sei que não sou o melhor pregador da minha geração, eu não tenho curso de teologia, nem seminário, eu não sou o cara que mais sabe Bíblia, eu não sou o melhor compositor, estou longe de ser o melhor cantor, mas eu sei de uma coisa que Jesus colocou dentro de mim: foi um crédito diante da Igreja por causa de uma loucura que eu fiz um dia”, explicou.
“Eu vou chamar de loucura da minha parte, porque eu não fazia a menor ideia do que eu estava fazendo. E eu agradeço a Deus pelo amor Dele sobre a minha vida, porque faz 18 anos que Ele comprova que eu fiz o melhor investimento que eu podia ter feito”, confessou.
“O cara que trocou tudo o que tinha por aquele pedaço de terra sabe o valor que aquilo tem. As coisas do alto não têm preço, mas têm valor”, lembrou. “Parece uma grande burrada, mas o cara que está fazendo entende e tem a alegria de que está fazendo o melhor negócio”.
“Melhor do que ser recompensado ainda nesta vida é o tesouro eterno que está sendo gerado”, disse.
Clique no vídeo acima para conferir a pregação completa.
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