"Todos os avivalistas foram considerados hereges na época deles", diz Luiz Hermínio

Em uma pregação recente, Luiz Hermínio destacou que muitas vezes Deus ofende os padrões humanos para revelar a situação do coração do homem e mostrar que não se limita.

Fonte: GuiameAtualizado: sexta-feira, 26 de maio de 2017 às 15:56
Luiz Hermínio. (Foto: NG)
Luiz Hermínio. (Foto: NG)

Não há como limitar a ação de Deus aos formatos humanos. A declaração pode ilustrar boa parte do conteúdo de uma pregação recente de Luiz Hermínio durante um encontro com Pastores e líderes.

Em sua mensagem intitulada "Desfrutando o Fruto", o pastor e líder nacional do Ministério MEVAM leu inicialmente a passagem de Números 13 e refletiu sobre ela, destacando que a atitude do povo hebreu diante do relato sobre a Terra Prometida é semelhante à atitude de muitos cristãos dos dias atuais diante das promessas de Deus.

Segundo o preletor, um dos fatores que pode explicar tal reação é o apego do ser humano a formatos e visões pré-moldadas.

Para exemplificar e alertar sobre esta questão, Luiz Hermínio destacou a história de avivalistas que nem sempre tiveram suas mensagens bem aceitas pelo povo.

"Todos os avivalistas da história... hoje a gente fala deles, lê livros deles, prega sobre eles, lê a biografia, é lindo... mas na época deles, eles eram considerados hereges. [John] Wesley pregava em cima de uma árvore, porque ninguém deixava ele pregar na igreja. A maioria teve que começar alguma coisa sozinho, porque ninguém dava o púlpito para eles", lembrou.

Hermínio afirmou que não é de se estranhar esta reação popular aos avivalistas, pois estes homens sempre tiveram uma visão mais ampliada sobre o agir de Deus.

"Hoje a gente lê os livros deles, mas porque toda aquela pessoa que Deus levanta para ditar a marcha, estabelecer o propósito, para ditar a tendência, aquilo que Deus está fazendo, ela está sempre andando uma estação à frente e quando se anda uma estação à frente, pode ser considerado como herege", disse.

"Ele [avivalista] está ditando uma tendência: 'vai acontecer isso' e nós dizemos: 'é impossível que isso aconteça'. Você nunca sai de guarda-chuva de casa em um dia de sol, porque parece impossível [chover naquele dia]. 'Olha o dia como está', mas o dia muda mesmo, irmão. As coisas estão mudando ao nosso redor, em nós, na Igreja do Senhor. Deus está fazendo tudo de novo", acrescentou.

O pastor destacou que suas afirmações não consistem em dizer que Deus pode mudar suas leis para "estabelecer uma visão nova", mas sim que está dando entendimento ao Seu povo.

"Mas Deus está trazendo uma visão nova? Não! Ele está fazendo a gente entender coisas que a gente nunca entender e o entendimento é libertador. Quando você entende, desfruta daquilo que está entendendo", explicou.


Murmuração diante da Terra Prometida
Voltando à passagem de Números 13, Hermínio destacou como o apego a formatos pode se transformar até mesmo em incredulidade, como no caso do povo hebreu diante do relato dos espias sobre a Terra Prometida.

"Quando eles [espias] começaram a revelar os fatos, o coração da nação foi revelado. Quando eles disseram: 'tem gigantes, tem problemas, o povo lá é assim', eles botaram a mão na cabeça, porque o relato revela. É isso que Deus faz, Ele ofende a mente para revelar o coração. Às vezes você está lendo a Palavra e faz de conta que não é com você, mas é com você sim! Nós não podemos ler a Bíblia com a mente de pregador. A Palavra nos ofende, ofende as nossas organizações, nossas formas, para revelar como está o nosso coração", destacou.

Luiz Hermínio lembrou que nem mesmo o fruto gigante, levado pelos espias, para comprovar também a fartura daquela terra foi suficiente para convencer o povo do cumprimento das promessas de Deus.

"Eles trouxeram o fruto, mas em vez de focar no fruto - que precisava de dois homens para carregar - o povo focou no relato. Quando Abraão chegou na mesma terra tinha fome e ele fugiu por isso. Agora tinha fartura e o povo queria fugir. Eu fico pensando como Deus reagiu: 'O que eu faço agora? Tem fome, o povo foge; tem fartura, o povo foge. Vocês reclamavam que não tinham o que comer, agora tem demais'. Quando nós não focarmos nos frutos e sim no relato, vamos dividir o povo", acrescentou.

Para conferir a mensagem completa, clique no vídeo acima.

 

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