Depois de se aposentar, a ginasta olímpica americana Mary Sanders precisou tomar uma decisão que transformou sua vida. Ela encontrou conforto em Jesus, que a ajudou a superar diversas situações difíceis ao longo dos anos.
Mary iniciou na carreira olímpica aos quatro anos, a partir do incentivo de seu pai, que foi um ex-ginasta americano.
“Eu queria ser como ele e queria deixá-lo orgulhoso. Ele sempre me chamava de sua 'pequena atleta olímpica'”, disse ela.
Ela contou que aceitou Jesus aos seis anos, no entanto, dois anos depois, seu pai morreu de um câncer nos ossos. E desde então, passou a sentir raiva de Deus.
“Eu definitivamente senti raiva de Deus quando meu pai faleceu. Eu não perdi apenas um pai, perdi meu treinador, meu ídolo. Era como se tudo naquele momento tivesse acabado de ser levado”, relembrou a ginasta.
Mary e seus dois irmãos contaram com a ajuda de sua mãe, Jaci, e sua tia, Corinne, para manter a família unida.
Enquanto encorajavam Mary a continuar buscando seu sonho na carreira olímpica, elas enfatizaram a importância de colocar Deus em primeiro lugar.
“É a Deus que estamos realmente tentando agradar. Os resultados e os juízes não são realmente o foco principal. Como filho de Deus, você sabe que não é daí que vem o seu valor”, disse a mãe de Mary.
E a tia relembrou: “Conversei com Mary sobre o plano do Senhor e sobre manter os olhos em Jesus. No entanto, o foco de Mary ainda era alcançar o sucesso olímpico”.
Jaci e Corinne, mãe e tia de Mary. (Foto: Reprodução/CBN News)
Carreira olímpica
Mary afirmou que sempre achou que se não chegasse às Olimpíadas, decepcionaria seu pai:
“Quando ele faleceu, houve uma nova sensação de pressão por minha mãe estar sacrificando tudo por seus filhos. Eu não podia falhar nisso. Então, a ginástica se tornou meu deus. Fiquei obcecada com isso”.
Mary se esforçou mais a cada ano e trocou a ginástica artística pela ginástica rítmica, o que melhorou seu ranking nacional.
Aos 11 anos, ela já estava treinando e competindo internacionalmente. Porém, o treinamento e as viagens eram “intensos, caros e estressantes para todos”.
“Eu me sentia muito sozinha. E às vezes parecia que nunca iria acabar. Mas minha mãe sempre colocava versículos da Bíblia em minhas malas: 'Seja forte, seja corajosa porque Deus está com você'. 'Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece'. Sempre tive lembretes constantes de Deus em minha vida e isso foi por causa da minha mãe”, lembrou Mary.
“Eu queria que ela soubesse que Deus a amava e Ele estaria lá para ela e para o que quer que ela estivesse fazendo”, disse Jaci.
Segundo a CBN News, Mary realizou seu sonho e de seu pai em seu aniversário de 19 anos, quando representou os Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas.
“Realizei quatro rotinas de solo e não cometi nenhum erro. Eu apenas agradeci porque sabia que era meu pai e Deus cuidando de mim”, contou ela.
Fugindo de Deus
Após as Olimpíadas, Mary se aposentou da ginástica e conseguiu um emprego como acrobata no “Cirque Du Soleil”.
Apesar de gostar de se apresentar, as viagens constantes traziam de volta os sentimentos de isolamento e vazio que ela tinha quando era jovem.
“Eu ficava no meu quarto, apenas tentando me recuperar fisicamente, mentalmente e emocionalmente. Achei difícil realmente colocar Deus em primeiro lugar na minha vida durante esse tempo”, afirmou ela.
Enquanto isso, sua mãe e sua tia oravam continuamente por ela: “Eu estava realmente orando muito por ela naquela turnê. Mesmo quando você não pode ver ou não sabe, Jesus está lá, Ele tem um plano”, relembrou a mãe.
Em 2009, Mary terminou sua turnê de circo e continuou trabalhando como freelancer com a equipe nos anos seguintes. Até que caiu em depressão:
“Eu não tinha um objetivo que sabia que me traria felicidade. Eu me senti um fracasso porque não consegui um emprego e não consegui descobrir o que deveria fazer da minha vida”.
Restauração de vida em Jesus
Nesse momento, ela voltou-se para Deus, e ao passar um tempo lendo a Bíblia e se conectando à igreja, ela começou a perceber que seu valor não vinha de suas realizações, mas sim de sua identidade em Cristo.
“Encontrar minha fé novamente e encontrar aquela felicidade em minha família me ajudou a entender que Deus está cheio de bênçãos e planos para nós. Então, acho que se reconhecermos isso, o céu é o limite”, declarou Mary.
Mary, seu marido e seus filhos. (Foto: Reprodução/CBN News)
Em 2018, a ginasta se casou com David, com quem tem dois filhos. Desde então, Mary escreveu suas experiências em um livro chamado “9 lives by 35”.
“Ao escrever meu livro, tive que descascar as camadas, descascar muitas mágoas e lidar com elas, orar por essa cura e seguir em frente. E acho que isso tem sido muito terapêutico para mim”, contou Mary.
E continuou: “Ainda tenho objetivos, mas eles não me definem, nem a minha felicidade”.
Mary observou que teve várias carreiras em sua vida, mas afirmou que somente por meio de Cristo encontrou seu valor, propósito e realização.
“Quando eu estava em meus períodos mais difíceis, eu não estava falando com Deus. Por isso, sempre que você estiver em um processo de transição na vida, é ainda mais importante manter a oração”, concluiu ela.
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