Assim como o personagem bíblico Daniel, que sobreviveu milagrosamente à cova dos leões, um ex-muçulmano egípcio que havia se convertido ao cristianismo se viu diante de um ataque de cães ferozes, mas hoje pode compartilhar o testemunho de um grande livramento.
Os cães haviam sido colocados na cela do rapaz - que estava preso em seu país - para matá-lo, mas os guardas que deram as ordens para os cães tiveram uma grande surpresa.
O então estudante de direito Majed El Shafie sentiu fortemente a presença de Deus, assim como na história de Daniel, quando os cães famintos não o feriram à espanto de seus guardas de prisão, conforme relata o site 'God Reports'.
"Aqueles cães são treinados para ouvir seus senhores", disse El Shafie. "Mas não há maior Mestre que o Senhor Jesus Cristo".
El Shafie foi preso depois que ele se converteu ao cristianismo e fundou uma organização de ajuda legal aos cristãos com milhares de membros, além de ter escreito um livro para ajudar os seus irmãos na fé.
A polícia o torturou antes de deixá-lo na prisão de Abu Zaabel, no Cairo. O local é conhecido (e temido) por cidadãos de todo o Oriente Médio e acabou sendo apelidado de "Inferno na Terra".
Histórico
El Shafie veio de uma família influente do Cairo, composta por advogados e juízes da Suprema Corte egípcia. Mas ele teve um despertar quando descobriu sobre as injustiças do sistema jurídico egípcio, incluindo a prisão de 7.000 pessoas cujo único 'crime' havia sido declarar a fé cristã.
Em seguida, um amigo falou-lhe sobre Bíblia, e então, o estudante de Direito descobriu uma fonte de justiça, amor e perdão que ele nunca tinha conhecido antes.
Shafie leu a Bíblia por um ano, comparando-a com o Alcorão. Quando ele terminou, se aproximou de seu amigo cristão e disse: "Agora eu sei o que o Cristianismo não se foca apenas em uma religião. Não está focado apenas em ir à igreja no domingo. O cristianismo é um relacionamento com Deus e eu quero aceitar o Senhor, eu quero receber Jesus".
O preço
Sua decisão de abraçar a Cristo lhe custou um grande negócio. Ele foi impedido de trabalhar em sua área profissional, perdeu sua posição na comunidade e colocou em perigo sua própria vida, enfrentando até mesmo a rejeição de sua própria família. Mas Shafie não se intimidou.
"Nada continua sendo igual, se você sabe que no final, a sua alma vai acabar no inferno", disse ele.
Ele finalmente acabou sendo submetido a sessões diárias de tortura em uma prisão egípcia. Apesar da dor extrema, ele resistiu e permaneceu fiel à sua nova fé.
Em seu primeiro dia na prisão, seu cabelo foi raspado e sua cabeça foi colocada alternadamente na água gelada frio e fervente por um minuto cada. "Depois disso, levaram-me para a minha cela e então me disseram: 'Você vai nos dizer o nome de seus amigos [cristãos]".
Ele respondeu: "Eu não tenho tomado banho por um longo tempo, então até que eu gostei das águas fria e quente".
No segundo dia, os carcereiros penduraram El Shafie de cabeça para baixo, queimaram seu corpo com brasas de cigarros e o feriram com cortes de faca.
Livramento
No terceiro dia, os carcereiros deixram três cães ferozes e famintos em sua cela escura. Mas os animais apenas sentaram-se em torno dele, recusando-se a atacá-lo.
Os guardas trouxeram mais cães, que fizeram a mesma coisa que os primeiros animais: permaneceram calmos ao redor de Shafie.
"Os guardas estavam falando sobre isso, reconhecendo que só podia ser um milagre", disse El Shafie.
No quarto dia, um oficial da prisão ofereceu ao rapaz o que ele quisesse - uma casa grande, dinheiro, mulheres - bastava ele informar sobre seus amigos cristãos.
El Shafie "concordou". Depois de ser alimentado com uma refeição suntuosa, El Shafie disse ao oficial: "Eu não me lembro os nomes, mas eu vou te dizer o nome do nosso líder, e se você pude pegá-lo, ele pode dizer exatamente os nomes de todos os membros".
O oficial de prisão perguntou-lhe o nome de seu líder.
"O nome do nosso líder é Jesus Cristo", El Shafie respondeu. "Se você puder, vá buscá-lo".
O oficial bateu no rapaz e atirou-o contra a parede. Os guardas, em seguida, arrastaram-no para uma sala escura onde eles amarraram suas mãos, braços, pés, pernas e pescoço a uma cruz de madeira. Ele disse que ficou pendurado na cruz por dois dias e meio. Eles até mesmo cortaram a pele em seu ombro esquerdo e puseram limão e sal sobre a ferida aberta.
Depois das sessões de tortura El Shafie acabou sendo levado para o hospital. Depois de uma semana, ele se recuperou.
Ele foi posteriormente julgado e condenado à morte. Mas com a ajuda de amigos, ele conseguiu fugir da prisão. Ele roubou um jet ski na Península de Sinai e conseguiu fugir do Egito para Israel.
Mais tarde, ele recebeu asilo político no Canadá e acabou conseguindo sua cidania como canadense.
Ele continuou seu trabalho humanitário e foi premiado com a Medalha do Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II, em 2012.
"Os cristãos perseguidos estão morrendo todos os dias, mas eles ainda estão sorrindo. Eles estão em uma noite escura muito profunda, mas eles ainda têm as velas do Deus vivo", disse El Shafie. "Nossos inimigos têm um exército muito forte, têm armas muito fortes, mas nós temos o Senhor Todo-Poderoso. Eles podem matar o sonhador, mas ninguém pode matar o sonho".
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